A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa (CSMG3) divulgou no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta, 29, o relatório de rating da agência de classificação de risco Moody’s, uma das principais do mundo.
No documento, com data de 27 de janeiro, a agência emite sua opinião sobre a empresa.
A Moody’s afirma que o perfil de crédito da Copasa, atualmente em “Ba2/Aa3.br” com perspectiva “estável”, reflete as métricas de crédito “fortes” da companhia, resultado de uma eficiente política de ajustes tarifários e medidas de gestão de custos, com índice de caixa gerado nas operações (FFO) sobre dívida líquida de 64.5%, área de concessão atrativa com potencial de crescimento, e perfil de alavancagem decrescente.
“Nossa visão também reflete a estrutura de governança corporativa que protege seu perfil de crédito contra o risco de interferência política de seu acionista controlador, o Estado de Minas Gerais”, salienta a agência.
Para a Moody’s, o perfil de crédito da Copasa é limitado por uma redução nos padrões de consumo de água nos últimos anos, programa de investimentos significativo da companhia, e aumento recente da inadimplência.
Já o rating da Copasa na escala global é limitado pelo rating dos títulos do governo brasileiro.
Para a Moody’s, os pontos fortes da Copasa são a alavancagem baixa e métricas de crédito robustas; fluxo de caixa estável dado seu baixo risco de volume e mecanismo previsível de definição de tarifa; área de concessão atrativa, com potencial de crescimento em esgoto e práticas de governança corporativa fortes, o que limita o risco de interferência do seu controlador.
A agência indica que são desafios de crédito para a Copasa, seu programa de investimentos significativo para reduzir taxas de perda e expandir a cobertura de esgoto, além do aumento recente da inadimplência.
A Moody’s explicou no relatório que a rápida e crescente disseminação novo coronavírus criou um choque de crédito severo e distúrbios consideráveis em muitos setores, regiões e mercados.
“No entanto, o setor de saneamento não está diretamente exposto ao impacto do surto de coronavírus da mesma forma que outros setores, dado que o acesso à água e esgoto são considerados serviços essenciais”, avalia.
Nesse sentido, analistas da agência entendem que o setor não está imune e poderia ser impactado pela crise econômica do Brasil, apesar das métricas de crédito da Copasa não terem sofrido impacto negativo até o momento.
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