O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida de 2,25% para 2% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para esta terça (4) e quarta-feira (5). Depois dessa redução, a expectativa é que não haja novos cortes na Selic neste ano.
Para o final de 2021, a previsão é que a Selic esteja em 3% ao ano. No ano seguinte, a previsão é que a taxa chegue a 5% ao ano, e ao final de 2023, a 6% ao ano. Essas expectativas estão no boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com estimativas para os principais indicadores econômicos.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano é de 5,66%. Essa foi a quinta revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,77%.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 10 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no boletim desta semana, passou de 1,67% para 1,63%.
Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%. A previsão para os anos seguintes – 2022 e 2023 – também não teve alterações: 3,50% e 3,25%, respectivamente.
A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.
A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
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