Ibovespa fecha em leve queda, dólar desaba, Magalu salta e outros destaques do pregão

Gráfico diário do Ibovespa às 17h

Ibovespa

O Ibovespa destoou das Bolsas nos EUA e na Europa e fechou em leve queda de -0,23% aos 85.468 pontos sob pressão negativa das ações dos grandes bancos, que caíram com força. O índice abriu em alta e na máxima do pregão chegou aos 87.332 pontos. 

No cenário externo a sessão foi marcada pelo otimismo com a expectativa por uma vacina contra o coronavírus e também pela reabertura das economias dos países mais ricos.

Dólar

O dólar comercial teve queda de -1,8%, a R$ 5,3578 na compra e R$ 5,3599 na venda. 

Risco político no radar

No Brasil o mercado voltou a ligar a luz amarela com o aumento da tensão política. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, partiu para o ataque após a operação da Polícia Federal que teve ele e a esposa como alvos. Witzel disse que foi vítima de uma perseguição política que é reflexo de um “Estado fascista e ditatorial que o presidente Jair Bolsonaro tenta impor”. 

As implicações políticas do caso, com possíveis novos atritos entre Bolsonaro e os governadores durante a pandemia do novo coronavírus é motivo de alerta no mercado doméstico.

A operação Placebo, deflagrada na manhã de hoje realizou buscas na residência oficial do governador, o Palácio Laranjeiras, e no bairro Grajaú, onde Witzel tem residência. O objetivo foi buscar documentos sobre superfaturamento de compras emergenciais pelo governo do Estado para o combate ao novo coronavírus. 

Ações da Hypera fecham em forte alta 

Os papéis da Hypera (HYPE3) saltaram +7,02%. A companhia informou que seu fundador, João Alves de Queiroz Filho, concordou em pagar a quantia de R$ 110,6 milhões.

A quantia servirá como indenização à companhia referentes a pagamentos indevidos realizados na época em que João Alves era o administrador da Hypera.

O pagamento vai ser realizado em quatro parcelas iguais, sendo a primeira à vista e as demais nos anos seguintes.

A Hypera criou um comitê independente formado em 2018 para apurar as acusações levantadas pela operação “Tira-Teima”, do Ministério Público Federal. A operação concluiu que houve pagamentos indevidos feitos pela companhia farmacêutica.

A Hypera garantiu que seus atuais administradores não estão envolvidos nas irregularidades apuradas.

Ações do Magazine Luiza saltam

Os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) tiveram valorização de +6,76%. Ontem a companhia divulgou o resultado do primeiro trimestre deste ano. O resultado líquido ajustado passou de um lucro de R$125,6 milhões no 1T19 para um prejuízo de R$8 milhões. Considerando os resultados não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de R$30,8 milhões.

A margem EBITDA ajustada passou de 8,9% no 1T19 para 5,2% no 1T20.

As vendas do e-commerce dispararam 72,6% no 1º trimestre de 2020, na comparação com um ano antes, em função da pandemia.

Papéis da CCR e da Ecorodovias fecham no positivo

Analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação para as ações das concessionárias CCR (CCRO3) e da Ecorodovias (ECOR3). As ações da CCR fecharam em alta de +2,73% e os da Ecorodovias em +1,24%.

A recomendação passou para “outperform” (desempenho acima da média do mercado). 

O Itaú BBA levou em conta os efeitos da pandemia do novo coronavírus, novos projetos e operações de reequilíbrio contratuais.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa