Vendas líquidas da MRV crescem e produção cai no 1T20
Publicado às 21h25min
A MRV Engenharia e Participações (MRVE3), maior construtora residencial da América Latina, divulgou nesta quarta, 15, à noite, dados preliminares e não auditados de lançamentos, vendas contratadas, banco de terrenos, unidades produzidas, concluídas, contratadas, repassadas, geração de caixa e distratos do 1º trimestre de 2020.
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LANÇAMENTOS (%MRV)
Os lançamentos da MRV no 1T20 apresentaram uma redução de 1% no comparativo com o 1T19 e de 54,3% frente ao 4T19. A companhia informou que já possui um estoque adequado na maior parte das praças em que atua, motivo pelo qual optou por postergar os lançamentos nestas localidades.
Além disso, em diversas cidades os plantões de vendas tiveram que ser fechados, em função das restrições de circulação como medida preventiva do novo coronavírus, o que levou a companhia a postergar os lançamentos destes locais para um momento em que seja possível receber os clientes nas lojas e plantões de venda.
VENDAS LÍQUIDAS (%MRV)
No 1T20, a MRV registrou novo recorde histórico de vendas líquidas em um trimestre, atingindo a marca de R$ 1,67 bilhão vendido, em um total de 10.493 unidades (%MRV). Esta marca equivale a uma evolução de 21,1% frente ao 4T19 e de 27,9% no comparativo com o 1T19.
Os distratos registrados no trimestre caíram frente ao ano anterior mais uma vez, totalizando apenas R$ 123 milhões no 1T20.
“O grande sucesso de vendas obtido pela companhia se deve à qualidade dos lançamentos feitos no 1T20 e no 4T19, que demonstraram a assertividade na escolha do produto correto para a praça correta, bem como à bem-sucedida estratégia comercial desenvolvida. Está claro que, mais do que nunca, o cliente tem buscado produtos de qualidade reconhecida, optando por empresas que transmitam a segurança necessária neste momento”, afirmou a construtora em comunicado. A MRV afirmou ainda que graças à estrutura tecnológica mais avançada do setor, fruto de uma transformação digital de sucesso, foi possível mitigar os efeitos negativos do isolamento social e das medidas necessárias à contenção da pandemia.
“Iniciativas como a utilização de uma plataforma verdadeiramente digital de vendas, que permite que o cliente faça a simulação com o banco financiador, negocie suas parcelas e entrada, análise de crédito, além de assinar o contrato com a Companhia virtualmente, utilizando um certificado digital, tornam possível ao cliente efetuar a compra de um imóvel sem sair de casa”, destacou.
GERAÇÃO DE CAIXA
Foi observado, no 1T20, um período de instabilidade nos repasses das vendas do Minha Casa Minha Vida, que perdurou até o mês de março, o melhor mês de repasses do trimestre.
Segundo a MRV, o motivo desta paralisação foi a inconstância nos aportes de recursos da União para arcar com sua participação de 10% dos subsídios oferecidos aos clientes do MCMV, ainda que os 90% dos subsídios a serem depositados pelo FGTS estivessem devidamente disponibilizados. Com isso, o volume de repasses feitos no trimestre foi extremamente baixo e correspondeu a apenas 64,3% das vendas líquidas do período.
“O descasamento acumulado entre o número de unidades produzidas, vendidas e repassadas nos últimos 12 meses, findos no 1T20, é significativo”, destacou a empresa.
Considerando apenas o 1T19, o número de vendas líquidas ficou 3.741 unidades acima do número de repasses no mesmo período. No comparativo dos últimos 12 meses (LTM), as vendas líquidas ficaram 4.324 unidades acima do número de repasses do período. O número de unidades produzidas no acumulado dos últimos 12 meses (LTM) foi 4.984 unidades acima do número de repasses do mesmo período. “O principal efeito percebido com este descasamento foi a queima de caixa de R$ 183,5 milhões no trimestre”, explicou a MRV.