Petrobras revisa métricas de topo de endividamento
Publicado às 18h53min
A Petrobras (PETR3, PETR4) informou que seu conselho de administração aprovou a revisão da métrica de topo de endividamento constante no Plano Estratégico 2020-2024, substituindo o indicador de dívida líquida/ EBITDA pelo indicador de dívida bruta.
Segundo a empresa, o revisão da métrica considerou a alta volatilidade do indicador dívida líquida/EBITDA, extremamente sensível à volatilidade do Brent, e o foco da administração da companhia na redução de sua dívida total.
“A indicação da dívida bruta como métrica de topo reduz o impacto da volatilidade do preço do Brent e reflete de forma mais direta o endividamento da empresa e de maneira mais precisa as ações de gestão da companhia como: redução de custos, revisão da carteira de investimentos e ajustes no capital de giro”, explicou a Petrobras.
A estatal informou que a meta aprovada de dívida bruta para 2020 é de US$ 87 bilhões, mesmo patamar de fechamento de 2019, devido à adversidade no cenário global atual, em função dos impactos decorrentes da pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) e do choque de preços do petróleo.
“Cabe destacar que a companhia continua perseguindo a redução da dívida bruta para US$ 60 bilhões. Este montante está em linha com a nova política de dividendos já anunciada, que prevê aumento da remuneração aos acionistas quando a dívida bruta alcançar esse patamar ou for inferior”, afirmou em fato relevante na noite desta terça, 28.
O conselho também aprovou a atualização do cálculo do EVA® (Economic Value Added) para 2020, de forma a manter o incentivo correto e estimular o direcionamento das metas após a crise da Covid-19, que resultou em um cenário mais desafiador para criação de valor.
A atualização também considerou as realizações do ano de 2019. Assim, o indicador de meta de Delta EVA® consolidado foi revisto de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,1 bilhões.