Azul explica venda de ações por seu controlador: ‘chamada de margem’

Publicado às 9h36min

A Azul (AZUL4) fez um esclarecimento ao mercado nesta terça-feira após a notícia no site Brazil Journal sob o título “Controlador vendeu metade de sua posição na Azul”.

Citando um formulário arquivado na Comissão de Valores Mobiliários pela Azul, o site Brazil Journal informou que David Neeleman vendeu 9,3 milhões de PNs, diminuindo o total de PNs de 11,4 milhões para 2,11 milhões e levantando R$ 155,3 milhões com as vendas.

O site divulgou ainda que as vendas ocorreram entre os dias 12 e 18 de março e foram feitas pela corretora do Citigroup. Também destacou que Neeleman começou a se desfazer de sua posição acionária quando os papéis já estavam sofrendo uma forte queda por conta da crise do novo coronavírus. 

Nesta terça pela manhã, a Azul informou que seu acionista controlador teve sua participação em ações sem direito à voto reduzida de 11.432.352 ações preferenciais, correspondentes a 3,34% dessa espécie de ações, para 2.116.004 ações preferenciais durante o mês de março de 2020. “A companhia esclarece que não houve alteração na posição de ações votantes detidas pelo acionista controlador, totalizando 622.406.638 ações ordinárias”, afirmou a aérea. Segundo o comunicado da Azul, David Neeleman, fundador e acionista controlador da empresa, esclareceu que havia feito um empréstimo pessoal em 2019 no valor de US$ 30 milhões usando como garantia parte de suas ações da Azul, dado que ele não tinha intenção de vender suas ações da Azul por acreditar em seu potencial. “O impacto da pandemia do Covid19 no mercado de ações, porém, ocasionou uma chamada de margem no empréstimo, e devido à velocidade do movimento e o fato de ele ter outros investimentos no setor sem liquidez como TAP e Breeze, não houve tempo para levantar a liquidez adequada. Assim, os bancos custodiantes executaram a garantia. David afirma ainda que não vendeu de maneira ativa nenhuma ação da Azul”, destacou a companhia aérea no comunicado.  

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