Petrobras reduz investimentos e corta produção para encarar crise do coronavírus

26 de março de 2020 Por Redação

 

Petrobras reduz investimentos para encarar crise do coronavírus

 

A Petrobras (PETR3, PETR4), informou nesta quinta, 26, que, como resultado da redução abrupta dos preços e demanda de petróleo e combustíveis, está adotando uma série de medidas para redução de desembolso e preservação do caixa neste cenário de incertezas, “para de reforçar a solidez financeira e resiliência dos seus negócios”. 

Dentre as medidas estão: desembolso das linhas de crédito compromissadas no montante de cerca de US$ 8 bilhões; desembolso de duas novas linhas que somam R$ 3,5 bilhões;  postergação para 15/12/2020 do pagamento de dividendos anunciado em 19/02/2020 com base no resultado anual de 2019, no valor de R$ 1,7 bilhão; redução e postergação de gastos com recursos humanos, no valor total de R$ 2,4 bilhões: adiamento do pagamento do Programa de Prêmio por Performance 2019;  postergação do pagamento de horas-extras; postergação do recolhimento de FGTS e do pagamento de gratificação de férias; postergação do pagamento de 30% da remuneração mensal total do presidente, diretores, gerentes executivos e gerentes gerais; cancelamento dos processos de avanço de nível e promoção para os empregados e avanço de nível de funções gratificadas de 2020;  redução de 50% no número de empregados em sobreaviso parcial nos próximos três meses e suspensão temporária de todos os treinamentos; otimizações do capital de giro; redução dos investimentos programados para 2020 de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões (sendo US$ 7 bilhões na visão caixa), em função principalmente de postergações de atividades exploratórias, interligação de poços e construção de instalações de produção e refino, e da desvalorização do Real frente ao dólar americano.

A estatal também informou sobre a aceleração da redução dos gastos operacionais, com uma diminuição adicional de US$ 2 bilhões, destacando a hibernação das plataformas em operação em campos de águas rasas, com custo de extração por barril mais elevado, que em virtude da queda dos preços do petróleo passaram a ter fluxo de caixa negativo. 

“Como resultado da implementação das medidas descritas, a companhia estima que equilibrará seu fluxo de caixa no ano de 2020. Em relação à comercialização de petróleo e derivados, a Petrobras está continuamente monitorando o mercado interno e externo, bem como fazendo a gestão dos estoques e processamento em suas refinarias, em alinhamento com as variações das demandas do mercado”, afirmou.

“A crise do COVID-19 tem provocado reduções significativas de demandas de derivados, especialmente de diesel, gasolina e QAV no Brasil e no mundo. Nesse sentido, a companhia decidiu reduzir um total de 100 mil bpd da sua produção de óleo até o final de março, em função da sobreoferta deste produto no mercado externo e pela redução da demanda mundial de petróleo causada pelo efeito do COVID-19”, destacou a estatal. 

A companhia disse que avaliará as condições do mercado e, em caso de necessidade, realizará novos ajustes na produção de petróleo. 

“Dado o alto grau de incerteza prevalecente na economia global, entendemos ser prematuro fazer revisões do cenário base e projeções de preços de petróleo. Tais revisões serão feitas quando as incertezas e a consequente volatilidade de preços diminuírem”, afirmou a Petrobras em comunicado.

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