2° circuit breaker do dia é acionado após Ibovespa cair 15%
Atualizado às 12h36min
O Ibovespa retomou as negociações após ter sido interrompido pela 2° vez hoje. Às 12h36min caía -16% aos 71.507 pontos. Agora só volta a ser congelado novamente se cair -20%.
Às 11h12 foi acionado pela 2° vez na sessão o circuit breaker na B3 para interromper o índice Bovespa, que afundava -15,43% aos 72.026 pontos.
Mais cedo, o mecanismo foi acionado para interromper a queda de -10%.
Entenda o circuit breaker
O circuit breaker é um procedimento operacional da B3 que interrompe a negociação de ativos em bolsa. Ele é acionado somente em momentos atípicos de mercado, como durante uma forte queda de preços, baseada na oscilação do Ibovespa, o principal índice de ações do mercado brasileiro. Durante o acionamento do circuit breaker, não é possível realizar compras ou vendas de ativos na B3.
O acionamento do circuit breaker é feito em 3 estágios, obedecendo a percentuais de desvalorização do Ibovespa:
Estágio I – quando o Ibovespa desvalorizar 10% (dez por cento) em relação ao valor de fechamento do Ibovespa do dia anterior, a negociação é interrompida por 30 (trinta) minutos;
Estágio II – reabertas as negociações, caso a variação do Ibovespa atinja oscilação negativa de 15% (quinze por cento) em relação ao valor de fechamento do dia anterior, a negociação é novamente interrompida por 1 (uma) hora;
Estágio III – reabertas as negociações, caso a variação do Ibovespa atinja oscilação negativa de 20% (vinte por cento) em relação ao índice de fechamento do dia anterior, a B3 pode determinar a suspensão da negociação por um período por ela definido. Nesse caso, o mercado será comunicado pelos canais oficiais da B3.
Vale lembrar que o acionamento desses estágios não pode ocorrer nos 30 minutos finais da sessão de negociação do dia. Se a interrupção da negociação ocorrer na última hora da sessão de negociação, o horário de encerramento será prorrogado por, no máximo, 30 (trinta) minutos para reabertura e negociação ininterrupta dos ativos e dos derivativos.
Motivo do pânico
A derrota do governo no Congresso ontem e a crise provocada pelo novo coronavírus estão entre os motivos do pânico hoje na Bolsa brasileira.
A aversão ao risco é global. Nos EUA, o Dow Jones e o S&P500 também tiveram acionados o circuit breaker.
O presidente americano Donald Trump anunciou ontem que as viagens da Europa para os Estados Unidos estão suspensas por 30 dias. A única exceção é o Reino Unido. O objetivo é reduzir as infecções pelo novo coronavírus.
Também foram anunciados empréstimos com juros baixos. Trump pediu ainda ao Congresso a suspensão de alguns impostos.
O mercado repercute nesta quinta também o revés do Planalto. O Congresso Nacional derrubou nesta quarta, 11, o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.
Dólar
Às 12h39min o dólar tinha alta de +1,21%. Compra/Venda: R$ 4,8681 / R$ 4,8707.
O dólar abriu em forte alta nesta quinta e chegou a bater R$ 5 pela 1ª vez.
A moeda só reduziu a alta com a intervenção do Banco Central, que colocou no mercado de câmbio com uma oferta de até US$ 2,5 bilhões em moeda à vista, cancelando o anúncio inicial de venda de até 1,5 bilhão feito no dia anterior.