Após chegar a R$ 5,20, dólar recua com BC. Bolsas em forte queda

18 de março de 2020 Por Redação

 

Atualizado às 11h45min

 

O Ibovespa operava em forte queda. Às 11h45min caía -8,01% aos 68.600 pontos.

Nos EUA os principais índices de ações têm quedas superiores a -4%. Na Europa as Bolsas operam em baixa acentuada.

Dólar

O dólar reduziu os ganhos e subia +1,53%. Compra/Venda: R$ 5,0844 / R$ 5,0872. Na máxima até agora chegou a R$ 5,20. O Banco Central do Brasil vai recomprar provisoriamente títulos da dívida externa e pagará em dólar. A medida injetará moeda estrangeira no mercado. Segundo o BC, a recompra tem o potencial de injetar até US$ 31 bilhões no mercado.

Petróleo e minério de ferro

O petróleo Brent tinha forte queda de -7,62% (US$ 26,60). É o menor patamar em 17 anos.

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta de +1,65%, cotados em 676 iuanes.

Governo pedirá reconhecimento de calamidade pública no país

O mercado repercute nesta quarta-feira, a decisão do governo federal de solicitar ao Congresso Nacional que aprove o reconhecimento de estado de calamidade pública no país, com efeito até 31 de dezembro deste ano.

A medida, prevista no Artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), dispensa a União do cumprimento da meta de resultado fiscal prevista para este ano, que é de déficit primário de R$ 124,1 bilhões.

O estado de calamidade pública também suspende obrigações de redução de despesa com pessoal quando este gasto ultrapassa os limites previstos na própria lei.

A medida foi tomada em virtude da pandemia de Covid-19, aliada a questões econômicas como a  perspectiva de queda de arrecadação.

Investidores de olho no Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra nesta quarta-feira, 18, a segunda reunião do ano para definir a taxa Selic, atualmente em 4,25% ao ano.

O avanço do novo coronavírus e a instabilidade do mercado financeiro levaram à indefinição sobre o destino dos juros básicos da economia.

Analistas de instituições financeiras apontam um corte para 3,75% na Selic, de acordo com o relatório Focus do Banco Central. A decisão deve ser comunicada após às 18h.

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