Bancos impedem queda maior do Ibov, dólar bate R$ 4,50 e Ambev derrete com revisão de projeção

Publicado às 11h48

O Ibovespa, no horário acima, caía -2,15% aos 103.592 pontos. A baixa só não era maior porque as ações dos grandes bancos como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) tinham alta.

A sessão é marcada pela forte aversão ao risco em âmbito global. As Bolsas na Europa têm queda acentuada nesta quinta-feira. Nos Estados Unidos, os principais índices caem mais de 2%.

Os mercados continuam repercutindo o impacto na economia da epidemia do novo coronavírus. Empresas gigantes estão revendo suas estimativas de lucro e projeções de crescimento por causa epidemia.

No Brasil, os investidores também temem que a tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso atrasem o andamento da agenda de reformas econômicas na Casa.

O alerta da ex-presidente do Fed

A ex-presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, Janet Yellen, afirmou que, dependendo da extensão da epidemia do novo coronavírus, o impacto econômico pode ser significativo na Eurozona e levar os Estados Unidos a uma recessão.

Dólar

O dólar tinha alta de +1,01%: compra/venda: R$ 4,4940 / R$ 4,4960. Na máxima de hoje, a moeda americana atingiu os R$ 4,50.

Petróleo e minério em baixa

O petróleo Brent afundava -4,15% (US$ 50,64).

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, caíram -3,58%, cotados em 633 iuanes.

Ambev derrete com queda na projeção

Os papéis da Ambev (ABEV3) lideravam as perdas no Ibovespa com queda de -7,3%. A companhia divulgou o resultado do 4T19 e de 2019. A Ambev teve lucro líquido ajustado cresce 24,4% no 4T19.

A Ambev informou também que espera que o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o negócio de cerveja no Brasil decline entre 17% e 20% (high teens) no primeiro trimestre de 2020.

A Marcopolo (POMO4) também divulgou o resultado. O lucro líquido caiu 2% no 4T19 em comparação ao mesmo período de 2018, para R$ 68,5 milhões. No ano, o lucro líquido da fabricante de ônibus foi de R$ 201,4 milhões, um avanço de 8% em relação a 2018.

Ainda hoje a AES Tietê (TIET11) apresenta o balanço após o fechamento do mercado.