Publicado às 14h
Atenção:
O Finance News não faz recomendação de compra ou venda de ativos. O texto abaixo é uma opinião e foi publicado originalmente no site Nord Research. O artigo foi elaborado por Bruce Barbosa. O analista tem 16 anos de experiência no mercado financeiro. Antes de fundar a Nord Research passou pelo BNP Paribas, HSBC e Empiricus Research. É formado em Engenharia de Produção pela USP e possui um MBA pela New York University.
Importante
Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM nº 598/2018, a Nord Research esclarece que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que o norteia.
Os otimistas (eu) dirão que, brevemente, o IBOV estará em 214 mil pontos. Prepare-se.
Pegando um Tweet emprestado do Jonathan:
Quem acompanha o mercado há mais tempo não ficou nem um pouco surpreso com as previsões.
Todos chutam altas entre +15 e +30 por cento — mais ou menos, o mesmo potencial de ganho dos preços alvos de 99 por cento das ações da bolsa.
O pessoal não tem, mesmo, muita criatividade nas projeções e nem nos preços alvo…
Pegando emprestado do, sempre otimista, Ricardo Amorim, este foi o desempenho dos principais índices financeiros na última década:
Só lembrando que 2009 foi o ano que Amorim soltou sua previsão de bolsa a 200 mil pontos em 5 anos.
Mas o Ibovespa não conseguiu ganhar nem da inflação entre 2010 e 2019…
Atualizando até o fim de 2019, temos:
Mesmo considerando o rally que tivemos na bolsa desde 2016 (+167 por cento), na última década, o IBOV rendeu míseros +68,4 por cento, uma média de +5,4 por cento ao ano.
Em 20 anos, temos:
Os +576,6 por cento, em 20 anos, significam rendimento de apenas +10 por cento ao ano, em média.
E, infelizmente, a hiperinflação do início dos anos 1990 não nos permite avaliar períodos mais longos.
Mas, o passado é passado. O que ele nos diz sobre o futuro?
Se ninguém acerta previsões, como podemos pensar no potencial de nossa bolsa a longo prazo?
Simples.
A longo prazo, a bolsa brasileira deverá se valorizar, mais ou menos, +12 por cento ao ano — que é a rentabilidade (ROE, return on equity, rentabilidade sobre o patrimônio) do índice.
(Deveríamos retirar o efeito das variações do dólar nas dívidas das companhias do IBOV mas, ao longo do tempo, estes efeitos se dissipam)
Com crescimento econômico robusto, a rentabilidade das empresas é maior e, na crise, menor. Faz sentido.
Se não tivermos grandes mudanças na dinâmica econômica nacional, deveremos continuar com retornos próximos a +12 por cento ao ano, em média.
A bolsa perdeu feio para o CDI, mesmo no longo prazo.
E o motivo é simples: a rentabilidade média das ações da bolsa era menor que o CDI. “Era”.
Mas este período nefasto da economia nacional acabou. Passou. Morreu.
A rentabilidade das empresas da bolsa vem subindo e o CDI, hoje, é de +4,5 por cento ado ano — o Brasil se transformou em um país “normal”.
Lá em 1994, para controlar a hiperinflação criamos o monstro do CDI elevado.
Para acabar com este monstro, precisamos reduzir os gastos públicos — com governo menor, temos juros menores.
Com juros menores, temos crescimento maior e aumento da rentabilidade das empresas.
A bolsa sobe, em média +12 por cento ao ano.
Se subimos +30 por cento, como em 2019, estamos “roubando” crescimento futuro ou “correndo atrás” dos anos com rentabilidade menor.
Uma vez que viemos da maior crise da história, e o IBOV só rendeu +5,4 por cento ao ano na última década, imagino que estamos apenas recuperando o tempo perdido.
Se tivéssemos IBOV subindo +12 por cento ao ano, na última década, o IBOV estaria, hoje, a 214 mil pontos.
Uma alta de +84 por cento do valor atual de 116 mil pontos.
Os otimistas (eu) diriam que brevemente.
Ainda estamos no início do ciclo de expansão de nossa bolsa.
Para chegar, novamente, na linha diagonal de cima, só precisamos que os lucros das empresas do índice continuem subindo.
Nada muito revolucionário.
Só precisamos que os juros continuem baixos, que a economia continue se recuperando e que o Governo continue reduzindo gastos.
Só precisamos que #SuperGuedes permaneça no comando da economia.
Menos governo = juros menores = economia maior = lucros maiores = IBOV subindo e subindo e subindo.
O longo prazo, no Brasil, é lindo.
E o rally que vimos no último mês de dezembro foi apenas uma breve mostra do que acontecerá com nosso mercado quando o fluxo começar a entrar.
O problema é que o caminho entre 117 mil e 214 mil pontos não será linear.
Será emocionante. Teremos altos e baixos, empresas voando e empresas despencando, otimismo e desespero, boom e crise.
Para alguns, estes chacoalhões parecerão risco. Um enorme risco.
Mas, para os ANTI-Traders, serão oportunidades. Enormes oportunidades de ser racional e ganhar dinheiro.
A diferença entre os dois é sutil, mas bastante lucrativa para aqueles que estiverem preparados.
Prepare-se.
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