Impactos da Selic menor na Renda Fixa

12 de dezembro de 2019 Por Redação

 

 

Pela quarta vez seguida, o Banco Central diminuiu os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária reduziu a taxa Selic para 4,5% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual. Selic menor, renda fixa menos atrativa. O Finance News fez um resumo de como ficam esses investimentos.

Produtos pós-fixados

Tudo o que for indexado ao CDI (taxa com desempenho parecido com o da Selic), está rendendo cada vez menos. 

Um produto de renda fixa com retorno equivalente a 100% do CDI rendeu até agora em torno de 5,6% neste ano. Descontada a maior alíquota de Imposto de Renda, de 22,5%, a rentabilidade cai para 4,3%.

Poupança

A rentabilidade da Caderneta de Poupança, que é atrelada à Selic, também está menor.

Nos últimos 12 meses até novembro, a caderneta rendeu 4,7%. Agora, com a Selic em 4,5% ao ano, o retorno passa a ser de 3,15% ao ano. 

Poupança x Fundos

Um cálculo feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) mostra que com a Selic em 4,5% ao ano, a poupança terá rendimento mensal de 0,26%. Esse retorno é maior que o de fundos que cobram taxa de administração d 2% ao ano ou mais.

Títulos públicos

Analistas de mercado avaliam que os títulos mais longos são os que valem mais a pena. 

Títulos atrelados à inflação de médio e longo prazo, como o Tesouro IPCA+ 2035 e Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050 ainda oferecem bons retornos. Além disso, protegem contra a inflação. 

É preciso cautela com os títulos com vencimento mais curto, orientam.

Renda variável

Consultores financeiros são unânimes em afirmar que com a Selic na mínima histórica, o investidor que quiser ter rentabilidade bem maior que a inflação terá que se arriscar um pouco mais na renda variável, como fundos imobiliários, fundos de ações e ações da Bolsa.

Eles recomendam que entender o perfil de risco de cada investidor é fundamental para saber o quanto do capital financeiro deve ser alocado nesses produtos mais arriscados.

E quanto ao investimento direto em ações, sugerem cursos sobre a Bolsa antes de comprar papéis de empresas.

Os fundos de ações que replicam índices como o Ibovespa renderam, neste ano 32,91%.