A China escolheu o câmbio como arma para retaliar os Estados Unidos. Pequim deixou o yuan romper o nível de 7 por dólar nesta segunda-feira pela primeira vez em mais de uma década.
É um claro sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, o que pode tensionar ainda mais a relação com os Estados Unidos.
A forte queda de 1,4% no yuan ocorre dias depois de o presidente americano, Donald Trump, prometer impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro.
China (Shanghai Comp.): -1,62% (pregão encerrado)
Japão (Nikkei 225): -1,74% (pregão encerrado)
Alemanha (DAX): -1,57%
Londres (FTSE 100): -2,14%
Petróleo WTI: -1,01% (US$ 55,10)
Petróleo Brent: -1,16% (US$ 61,17)
Contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, tiveram queda de -6%, cotados a 689,50 iuanes.
Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em forte queda de -1,27% e o S&P 500 futuro em-1,36% às 8h01min.
O plenário da Câmara dos Deputados começa o segundo semestre legislativo esta semana. O grande destaque é a possível votação do segundo turno da reforma da Previdência.
Os parlamentares vão retomar a análise da proposta em pelo menos oito sessões, de terça a quinta-feira.
Enviada pelo governo em fevereiro, a proposta foi aprovada em primeiro turno em 10 de julho, por 379 votos a 131.
Se aprovada na Câmara, a proposta irá para o Senado, onde começará a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a relatoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na lista de polêmicas a serem defendidas em torno do texto estão a situação de categorias profissionais específicas, como professores e policiais, que foram beneficiadas na reta final da tramitação na Câmara, além da inclusão ou não de estados e municípios na reforma.
“Pessoalmente sou favorável à inclusão de estados e municípios. Acho até que é essencial. Estamos estudando com a nossa assessoria técnica qual é a saída que temos a aplicar e, a princípio, a ideia é uma PEC paralela. Aqui somos a Casa da Federação e é nossa obrigação cuidar disso. Uma das funções do Senado é manter o equilíbrio federativo”, defendeu Jereissati.
Mesmo ao admitir que uma PEC paralela pode avançar somente após as eleições municipais do ano que vem, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), reforçou a importância da medida. “Há de todos os vieses e partidos preocupação dos senadores com essa inclusão. Não aconteceu na Câmara porque a visão dos deputados foi ‘se nós promovermos a inclusão dos estados e municípios, nós vamos nos desgastar’. Uma visão extremamente preocupante sob o aspecto do equilíbrio previdenciário.”, avaliou.
Ainda segundo Major Olímpio, a votação da Reforma da Previdência deve ser mais tranquila no Senado “Podemos ter até 60 dos 81 votos pela aprovação nos dois turnos”, estimou.
Senadores de oposição como Jean Paul Prates (PT-RN) não estão tão otimistas e prometem aprovar a proposta apenas “quando o texto corrigir as injustiças e os problemas nela contidos”. O senador reconhece que na Câmara a proposta avançou, mas diz que continua sendo “injusta” com os mais pobres.
Antes do pregão: Klabin, ABC Brasil.
Após o pregão: AES Tietê, IRB Brasil, Locamerica, Taesa, Marcopolo.
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