MANCHETE SECUNDÁRIA

Vale tem melhora ‘substancial’ na produção de finos de minério

 

Publicado às 9h21min

A produção de finos de minério de ferro da Vale (VALE3) apresentou melhoria substancial no fim do 2T19 com o aumento de embarques no Sistema Norte e a retomada das operações de Brucutu. As informações constam no relatório de produção e vendas divulgado nesta segunda, 22.

O efeito combinado dos dois eventos será consideravelmente percebido no 2S19, segundo a mineradora.

A produção de finos de minério de ferro totalizou 64,1 Mt no 2T19, ficando 12,1% e 33,8% menor do que no 1T19 e no 2T18, respectivamente, principalmente em função dos impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho e de condições climáticas incomuns no Sistema Norte em abril e no início de maio.

“Como resultado do sucesso do ramp-up do S11D, o Sistema Norte atingiu um ritmo de produção de 215 Mtpa em junho e espera produzir entre 18,5 Mt e 19,0 Mt por mês no 2S19, atingindo um ritmo de produção de 230 Mtpa”, explicou a mineradora.

A produção de pelotas da Vale totalizou 9,1 Mt, ficando 25,5% e 29,3% menor do que no 1T19 e no 2T18, respectivamente, devido principalmente à parada total das plantas de pelotização do Sistema Sul durante o trimestre, às fortes chuvas no Sistema Norte e Sudeste, bem como à manutenção nas proximidades das plantas de Tubarão.

A Vale afirmou que realizou um progresso substancial em relação às 93 Mtpa de produção interrompidas no 1T19, com a retomada das operações de Brucutu em 22 de junho, recuperando 30 Mtpa de capacidade de produção. Em relação aos 60 Mtpa ainda interrompidos, a Vale espera a retomada gradual dos 30 Mtpa de produção a seco a partir do final deste ano, bem como o retorno no período de dois a três anos dos 30 Mtpa restantes, incluindo neste caso o processamento a úmido.

O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro atingiu 70,8Mt no 2T19, ficando 4,5% acima do 1T19 e 18,2% abaixo do 2T18. Apesar do volume de produção menor trimestre contra trimestre, o volume de vendas aumentou 3,2 Mt devido ao consumo de estoques offshore.

“Como resultado da retomada da mina de Brucutu, a Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas para 2019 de 307-332 Mt, como previamente anunciado, e informa que a expectativa atual é de que as vendas fiquem próximas ao centro da faixa”, destacou a Vale em relatório.

Em decorrência do acidente de Brumadinho, ocorreu escassez de produto a ser embarcado nos Sistemas Sudeste e Sul, e, consequentemente, uma parcela dos navios programados foram redirecionados para o Terminal de Ponta da Madeira no Sistema Norte.

No entanto, devido às fortes chuvas em março, abril e início de maio, a produtividade do porto e os embarques foram impactados. Consequentemente, a fila de navios no Terminal de Ponta da Madeira aumentou substancialmente, impactando os custos de demurrage e, com isso, o custo caixa C1. A estadia de navios no porto de São Luís aumentou de 6 dias em janeiro para um nível de pico de 32 dias em maio. A situação já está sendo normalizada com a estimativa de estadia de navios de 7 dias em julho.

A participação de produtos premium no total de vendas aumentou para 86% no 2T19. Os prêmios de qualidade de minério de ferro e pelotas alcançaram US$ 13,2/t4 no 2T19 contra US$ 10,7 no 1T19, devido principalmente, a uma maior contribuição do negócio de pelotas. As vendas de níquel foram de 57.500 t no 2T19, ficando 14,3% acima do 1T19 devido à utilização dos estoques regionais, o que compensou parcialmente a menor produção de níquel refinado que caiu em relação ao 1T19. No trimestre, a produção de Sudbury obteve excelente desempenho operacional nas atividades de mineração, moagem e smelting, com a produção de cobre dessas minas alcançando 24,4 kt, o maior volume para um segundo trimestre desde 2016. Por sua vez, a produção de níquel refinado foi impactada por atividades de manutenção programadas e não programadas nas refinarias do Atlântico Norte. Essas manutenções já foram concluídas e a produção foi retomada nessas refinarias, que atualmente operam em ritmo normalizado.

A produção de cobre atingiu 98.300 t no 2T19, ficando 4,8% acima do 1T19 e em linha com o 2T18. A produção aumentou, principalmente, devido aos maiores teores na operação de Salobo e ao forte desempenho em Sudbury. 

 

 

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Redação

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