Publicado às 8h25min
O jornal O Globo divulgou nesta sexta, 19, uma reportagem sobre a delação de Antonio Palocci. O ex-ministro de Dilma e Lula disse que bancos doaram ao PT em troca de favores.
Palocci listou benefícios que teriam resultado em repasses de R$ 50 milhões.
De acordo com O Globo, Palocci citou casos envolvendo Bradesco, Safra, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Banco do Brasil. O interesse das instituições, de acordo com o ex-ministro, ia de informações privilegiadas sobre mudanças na taxa básica de juros, a Selic, até a busca por apoio do governo na defesa de interesses das instituições e seus acionistas, destaca o jornal.
As instituições financeiras negam irregularidades.
O Bradesco classificou as acusações de “ilações descabidas”. “As empresas do Grupo Bradesco realizaram doações eleitorais aos partidos, todas elas públicas e devidamente registradas, informou ao jornal.
Já o Itaú afirmou que a fusão foi aprovada sem irregularidades e que fez doações em valores iguais a diferentes partidos: “O Itaú Unibanco repudia veementemente qualquer tentativa de vincular doações eleitorais realizadas de forma lícita e transparente a condutas antiéticas para atender a eventuais interesses da organização. Nas eleições presidenciais de 2006, 2010 e 2014, os valores doados pelo Itaú Unibanco aos candidatos que lideravam as pesquisas de opinião foram rigorosamente iguais”.
O Banco do Brasil afirmou “que não tem conhecimento sobre o teor da delação, por isso, não irá se manifestar, inclusive para não incorrer em risco de quebra de sigilo bancário”.
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