Mercado repercute novo presidente do BNDES e espera debates sobre Previdência

18 de junho de 2019 Por Redação

 

 

Publicado às 7h50min

Bolsas na Europa em alta com sinalização do BCE

Os principais índices de ações na Europa têm alta com o Banco Central Europeu sinalizando estímulos para ajudar a economia. O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou que a instituição vai precisar afrouxar a política monetária novamente, caso a inflação não voltar para a sua meta. Entre as medidas, estariam possivelmente novos cortes de juros ou compras de ativos.

Conforme dados divulgados nesta terça, 18, a inflação na zona do euro desacelerou a 1,2% em maio sobre o ano anterior, taxa mais baixa em mais de um ano.

Bolsas e petróleo (7h43min)

China (Shanghai Comp.): +0,09% (pregão encerrado)

Japão (Nikkei 225): -0,72% (pregão encerrado)

Alemanha (DAX): +1,22%

Londres (FTSE 100): +0,78%

Petróleo WTI: -0,59% (US$ 51,86)

Petróleo Brent: -0,80% (US$ 60,45)

Minério de ferro na China

Contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, tiveram alta de +2,08%, cotados a 786 iuanes.

Futuros americanos

Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em alta de +0,37% e o S&P 500 futuro em +0,44% às 7h46min.

Mercado digere mudanças no BNDES

O secretário adjunto de Desestatização e Desinvestimento, Gustavo Montezano, será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O nome foi anunciado pelo Ministério da Economia, em nota oficial.

Auxiliar direto do secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, Montezano precisará ter a indicação aprovada pelo Conselho de Administração do BNDES.

Graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e Mestre em Finanças pelo Ibmec, Montezano tem 17 anos de carreira no mercado financeiro. Sócio do Banco Pactual, atuou como responsável pela área de crédito, resseguros e project finance (financiamento de projetos) e foi diretor-executivo da área de commodities do banco em Londres. Monezano tem 38 anos.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que o presidente Jair Bolsonaro reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por duas vezes hoje. Segundo o porta-voz, a substituição de um titular é considerada uma situação normal em função do interesse público e capacidade de colocar os projetos em andamento com vistas a tingir os resultados estabelecidos anteriormente.

Comissão da reforma da Previdência pode debater relatório nesta terça

A Comissão Especial da reforma da Previdência da Câmara dos Deputados deve começar a debater o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-RJ) nesta terça-feira (18), a partir das 9h. Segundo o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), a oposição já concordou em não obstruir a fase de debates.

Pelo acordo alinhado com líderes de partidos da oposição, para que não haja obstrução na fase de discussão, todos os deputados, membros ou não do colegiado, poderão se inscrever para falar nessa fase e terão a fala garantida, desde que estejam presentes no momento em que forem chamados a se manifestar.

O acordo garante ainda que não haverá data preestabelecida para o fim da discussão da matéria na comissão especial.

Cada parlamentar membro da comissão tem até 15 minutos para discursar sobre o tema. Os deputados que não integram a comissão dispõem de 10 minutos. Até a noite dessa segunda-feira (17), 143 congressistas já estavam inscritos para debater a proposta. Os deputados têm até o início da primeira fala na comissão para se inscrever.

Tramitação

Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a reforma da Previdência pode ser aprovada pela comissão até o próximo dia 26. O deputado pretende incluir o texto da pauta de votação do plenário antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o texto precisa ser aprovado por três quintos dos deputados, o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. Ao ser aprovado pelos deputados, o texto segue para apreciação do Senado –  onde também deve ser apreciado em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.

Estados e municípios

Após a leitura do parecer, o relator da reforma da Previdência na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que a perspectiva agora é buscar entendimento dos parlamentares a respeito da reinclusão de estados e municípios no texto da PEC 6/2019. O dispositivo foi retirado do texto apesar do apelo de governadores para que as regras de aposentadoria de servidores estaduais e municipais fossem mantidas.

“A grande questão nossa agora é continuarmos um trabalho para verificar como estados e municípios vão ser introduzidos nessa reforma”, disse Moreira. O parlamentar espera reunir o apoio necessário para que o dispositivo volte ao texto da PEC, o que pode ocorrer por meio de um voto complementar ao relatório no dia da votação do parecer ainda na comissão.

Análise gráfica

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O que vem por aí: super quarta com Moro, Selic e juros nos EUA

Na quarta-feira, 19, o ministro da Justiça, Sergio Moro, irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para falar sobre as mensagens trocadas com Procuradores da Lava Jato.

No mesmo dia o Banco Central decide sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Vários analistas de mercado aumentaram as apostas em corte da Selic já para a reunião desta quarta após dados fracos de atividade econômica.

O anúncio será às 18h de quarta.

Também na quarta-feira, 19, o Federal Reserve (Banco Central americano) decide sobre a taxa de juros. O anúncio é às 15h. Logo em seguida ocorre a entrevista coletiva do presidente do BC americano, Jerome Powell.