Atualizado às 9h43min
O Ibovespa futuro (INDQ19 – contrato com vencimento para 14 de agosto) abriu em queda nesta terça-feira. No horário acima caía -0,56% aos 102.402 pontos.
Embora considerado um indicador de como poderá se comportar o mercado, esse índice nem sempre antecipa as informações que vão condicionar o pregão a partir das 10h.
Os mercados internacionais têm uma sessão marcada pela cautela em meio às preocupações com os rumos das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Também pesa a tensão entre Washington e Teerã.
Autoridades chinesas e americanas concordaram em manter diálogos sobre questões econômicas e de comércio, antes de uma reunião entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping às margens do G20, no fim de semana.
Com relação ao Irã, a Casa Branca impôs ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e outras altas autoridades sanções para impedir o acesso a recursos financeiros.
O petróleo Brent tinha queda de -0,28% (US$ 64).
Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian, na China, tinham queda -1,18%, cotados a 798,50 iuanes.
Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em leve queda de -0,07% e o S&P 500 futuro em -0,12% às 8h14min.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,06% em junho, desacelerando em relação a maio (0,35%). A taxa de 0,06% foi a menor para um mês de junho desde 2006 (-0,15%). O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 1,13%, abaixo da taxa de 1,46% para igual período de 2018. O IPCA-15 acumula alta de 2,33% no ano e de 3,84% em 12 meses, resultado abaixo dos 4,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2018, a taxa foi de 1,11%.
O grupo Alimentação e bebidas, que havia ficado estável em maio (0,00%), apresentou deflação (-0,64%) em junho, exercendo o impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês: -0,16 ponto percentual (p.p.). No lado das altas, a maior variação positiva ficou com Saúde e cuidados pessoais (0,58%) e o maior impacto (0,08 p.p.), com o grupo Habitação (0,52%). Os demais grupos oscilaram entre o 0,00% de Comunicação e o 0,25% de Transportes, cujo impacto no índice do mês foi de 0,05 p.p.
O Banco Central divulgou nesta terça-feira a ata da última reunião do Copom, na semana passada.
O Comitê deixou avalia que o Produto Interno Bruto ficará próximo da estabilidade no 2ºT19 e deixou a porta aberta para cortar juros.
No 1º trimestre, PIB recuou 0,2%. Dois trimestres seguidos de contração significam recessão técnica.
“Indicadores recentes da atividade econômica indicam interrupção do processo de recuperação da economia brasileira nos últimos trimestres”, afirma o documento.
O Copom informou que as projeções contemplam a inflação em torno da meta mesmo com redução da taxa básica de juros da economia em 2019, para 5,75% ao ano, e elevação no ano que vem – para 6,5% ao ano.
Grande parte dos analistas do mercado aposta que a Selic começará a cair a partir de setembro.
O presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, discursa às 14h de terça. Os analistas buscam confirmar que o Fed está aberto a facilitar a flexibilização a fim de sustentar o crescimento econômico.
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