A Caixa registrou lucro líquido de R$ 3,92 bilhões, no primeiro trimestre deste ano, com um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado.
A inadimplência ficou em 2,47%, com uma redução de 0,44 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2018.
De acordo com o banco, o resultado foi impactado pela estabilidade da margem financeira, redução de 24,4% nas despesas de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), e pelo aumento de 2,3% nas receitas de prestação de serviços.
O lucro recorrente ficou em R$ 3,87 bilhões, crescimento de 6% em relação ao primeiro trimestre do ano que passou.
O lucro líquido de R$ 3,92 bilhões registrado pela Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre de 2019, valor que corresponde a um crescimento de 23% na comparação com o primeiro trimestre de 2018, foi, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, “surpreendente”.
O resultado, obtido graças ao aumento de receitas e à redução de despesas, não era esperado porque, de acordo com Guimarães, o banco ainda passava por reestruturação durante os dois primeiros meses do ano.
“Nem eu esperava esse resultado, porque em janeiro e fevereiro estivemos em reestruturação”, disse hoje (24), ao divulgar o balanço trimestral, que apresentou redução de 24,4% nas despesas de Provisão para Devedores Duvidosos de R$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre de 2019, e aumento de 2,3% nas receitas de prestação de serviços, que chegaram a um total de R$ 6,5 bilhões até março.
Guimarães anunciou que o banco devolverá, até o final de julho, R$ 7 bilhões ao Tesouro Nacional, valor relativo aos empréstimos obtidos pelo banco junto ao órgão. A ideia é chegar a R$ 20 bilhões até o final do ano, amenizando consideravelmente a dívida de R$ 40,2 bilhões que o banco tem com o Tesouro. Em 12 de junho, a Caixa anunciou a devolução de R$ 3 bilhões ao Tesouro Nacional.
Segundo o presidente da Caixa, o banco se precaveu de eventuais riscos decorrentes da recuperação judicial da Odebrecht, por meio de provisionamentos feitos no final de 2018. “Fizemos provisões porque era óbvia a necessidade de recuperação judicial pela empresa. Estamos muito tranquilos quanto a isso”, disse.
“Nossa expectativa de perda tende a zero, a menos que as garantias de imóveis sejam todas menores do que o apresentado”, acrescentou.
Guimarães disse que o nível de provisionamento planejado pelo banco, de cerca de R$ 500 milhões, inclui, ainda, cerca de 10 outras empresas do grupo que ainda não entraram, mas que provavelmente terão de entrar em recuperação judicial.
Guimarães informou que a Caixa pretende vender a participação que tem no banco Pan. “Nós planejamos sair desse banco. Inclusive já estamos conversando sobre isso com nosso sócio, que é o BTG”.
Agência Brasil
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