Publicado às 9h11min
No primeiro trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou (-0,2%) em relação ao quarto trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2018, o PIB cresceu 0,5%. Já o acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019 subiu 0,9%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,714 trilhão, sendo R$ 1,462 trilhão referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 251,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Ainda no primeiro trimestre de 2019, a taxa de investimento foi de 15,5% do PIB, acima da observado no mesmo período de 2018 (15,2%).
No primeiro trimestre de 2019 o PIB recuou 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Foi o primeiro resultado negativo nessa comparação desde o quarto trimestre de 2016 (-0,6%). A Agropecuária (-0,5%) e a Indústria (-0,7%) recuaram, enquanto os Serviços subiram 0,2%.
Nas atividades industriais, a queda foi puxada pelas Indústrias Extrativas (-6,3%), Construção (-2,0%) e Indústrias de Transformação (-0,5%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 1,4%.
Nos Serviços, os resultados positivos vieram de Outros serviços (0,4%), Intermediação financeira e seguros(0,4%), Administração, saúde e educação pública (0,3%), Informação e comunicação (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,2%). Já as quedas foram em Transporte, armazenagem e correio (-0,6%) e Comércio (-0,1%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (-1,7%), enquanto o Consumo do Governo (0,4%) e o Consumo das Famílias (0,3%) tiveram taxas positivas.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram (-1,9%), enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 0,5% em relação ao trimestre anterior.
PIB acumulou alta de 0,5% no primeiro trimestre de 2019
Comparado a igual período de 2018, o PIB avançou 0,5% no primeiro trimestre de 2019. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 0,5% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 0,1%.
A Agropecuária registrou variação negativa (-0,1%) em relação a igual período do ano anterior. Este resultado se explica, principalmente, pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada.
A Indústria teve retração (-1,1%). A maior queda foi nas Indústrias Extrativas (-3,0%), puxada principalmente pelo recuo da extração de minérios ferrosos. Houve queda também na Construção (-2,2%), a vigésima consecutiva da atividade.
A Indústria de Transformação teve retração (-1,7%), influenciada, principalmente, pela queda da fabricação de equipamentos de transportes; indústria farmacêutica; fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de produtos alimentícios.
A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 4,7%, favorecida pela vigência da bandeira tarifária durante o primeiro trimestre de 2019.
O valor adicionado de Serviços cresceu 1,2% nesta comparação, com variações positivas em todas as suas atividades. Os destaques foram Informação e comunicação (3,8%), Atividades Imobiliárias (3,0%) e Outras atividades de serviços (1,4%). Os demais resultados positivos foram: Comércio (atacadista e varejista) (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Transporte, armazenagem e correio (0,2%).
No primeiro trimestre de 2019, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,3%. O resultado positivo se explica pelo bom comportamento do crédito para pessoa física e da massa salarial, além de taxa de juros mais baixas que as do primeiro trimestre de 2018.
A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 0,9% no primeiro trimestre de 2019, devido ao aumento da importação líquida de máquinas e equipamentos que compensou a queda na produção de bens de capital e da Construção. Já a Despesa de Consumo do Governo variou 0,1% em relação ao primeiro trimestre de 2018.
As Exportações de Bens e Serviços cresceram 1,0%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços se retraíram (-2,5%).
As exportações de bens que mais contribuíram para o resultado positivo foram: agricultura, derivados de petróleo; outros equipamentos de transporte e extração de petróleo e gás natural. Na pauta de importações de bens, as quedas mais relevantes foram em derivados de petróleo; veículos automotores; indústria farmacêutica e produtos de metal.
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019 aumentou 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 1,0% do Valor Adicionado a preços básicos e de 0,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,1%), Indústria (0,0%) e Serviços (1,2%).
Dentre as atividades industriais em alta estão Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,3%), Extrativa Mineral (0,6%) e Indústria da Transformação (0,1%). Já a Construção sofreu contração (-2,0%).
Dentre os Serviços, destaque para Atividades imobiliárias, que avançaram 3,2%. O restante apresentou as seguintes variações: Informação e comunicação (2,0%), Transporte, armazenagem e correio (1,5%), Comércio(1,3%), Outras atividades de serviços (1,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%).
Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou alta de 3,7% e a Despesa de Consumo das Famílias de 1,5%. Já a Consumo do Governo teve variação positiva de 0,1%. Este é o sexto trimestre seguido com crescimento do Consumo das Famílias.
Já no setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 3,0%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 5,8%.
Informações do IBGE
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