Ibovespa em queda em meio à aversão ao risco global

Atualizado às 10h28min

O Ibovespa operava em baixa de -1,25% aos 94.759 pontos nesta segunda.

A queda ocorre em meio a aversão ao risco global desencadeada pela decisão do governo do presidente americano Donald Trump de aumentar para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses importados.

O anúncio foi feito pelo republicano, no Twitter.

“O acordo comercial com a China continua, mas devagar demais, já que eles tentam renegociar. Não!”, escreveu Trump.

A decisão de Trump surpreende já que no fim de semana ele disse que as negociações com a China estavam indo bem.

As conversas entre Pequim e Washington devem ser retomadas nesta semana, com o vice-premiê chinês Liu He viajando à capital americana.

Já o jornal Wall Street Journal informou que a China pode se retirar das negociações de comércio programadas para esta semana depois da decisão de Donald Trump.

Vale e siderúrgicas em queda

A Vale (VALE3) e a CSN (CSNA3) estavam entre as maiores quedas do Ibovespa com a tensão comercial entre China e EUA.

Eletrobras

As ações da Eletrobras (ELET3) tinham leve alta. De acordo com o Globo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, trabalha para apresentar o modelo de privatização da Eletrobras em junho.

Para ele, será possível concluir o processo ainda neste ano, depois que a estatal for capitalizada. O jornal informou que uma das preocupações dele é evitar que a Eletrobras vá para as mãos de apenas uma empresa, o que concentraria o mercado de eletricidade no país.

Eletrobras

Ainda de acordo com o O Globo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, trabalha para apresentar o modelo de privatização da Eletrobras em junho.

Estímulos na China

O banco central da China cortar a taxa de compulsório para liberar US$ 41 bilhões para pequenos e médios bancos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira e tem por objetivo ajudar empresas com dificuldades em meio à desaceleração econômica.

Comissão da Previdência se reúne na terça

A Comissão Especial da Reforma da Previdência se reúne na próxima terça, 7, às 14h30min para a apresentação do plano de trabalho e votação de requerimentos.

A partir de agora as atenções dos investidores se voltam às decisões dessa Comissão sobre a mais importante Reforma proposta pelo Planalto.

Também estão no radar os cálculos de instituições financeiras sobre o quanto a reforma será desidratada na Câmara.

Bancos e consultorias começam a reduzir as expectativas, que agora se situam entre R$ 500 bilhões a R$ 900 bilhões. Esses valores são inferiores ao pretendido pelo governo de R$ 1,2 trilhão.

Os investidores também estão de olho nas notícias relacionadas a redução em um terço em subsídios até 2022 que alguns setores da economia desfrutam.