Governo de MG recorre à Justiça para que Vale inicie captação de água no Rio Paraopeba

8 de maio de 2019 Por Redação

 

Publicado às 9h26min

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA (CSMG3) informou aos seus acionistas que o Governo de Minas Gerais, por meio da Advocacia-Geral do Estado, impetrou ação junto à 6ª Vara da Fazenda Estadual da Comarca de Belo Horizonte, para que seja determinado que a empresa Vale (VALE3) inicie, de imediato, o projeto de captação de água no Rio Paraopeba, em trecho não afetado pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, e adote medidas preventivas no Sistema do Rio das Velhas.

Desde a data do rompimento da barragem em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, a COPASA MG está impossibilitada de utilizar a captação de água do Sistema Paraopeba, em razão da lama que atingiu o rio. O abastecimento naquele Sistema está sendo feito pelos três reservatórios (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores).

“As ações de projeto e execução de obras de nova captação à montante do trecho impactado do rio, precisam ser iniciadas de imediato, para que haja alternativa estruturante apta a funcionar captando água do rio Paraopeba em 2020, e assim, evitar que os reservatórios cheguem em níveis críticos para operação no ano 2021”, destacou a companhia mineira.

Na ação movida são requeridas outras medidas a serem executadas pela Vale para assegurar o abastecimento em outros municípios afetados pela tragédia, Paraopeba e Caetanópolis.

Além de exigir que a Vale assuma medidas emergenciais no Sistema do Rio Paraopeba, o Governo de Minas também solicita, na ação, que a empresa realize medidas preventivas para impedir riscos de danos ao sistema Rio das Velhas, por existirem barragens de rejeito da Vale localizadas na bacia deste rio, que estão classificadas com nível de alerta 3, o que coloca a captação de água em risco no caso de eventos de rompimento das barragens dessas minerações. É requerido ainda que a Vale providencie medidas de contenção e proteção no Sistema Rio das Velhas, em, no máximo, 60 dias. A ação exige, também, que a Vale crie outras alternativas de abastecimento, implante adutoras de captação de água, dentre outras ações.