Publicado às 17h28min
As ações da Vale (VALE3) foram do céu a inferno nesta quinta-feira. Até o meio da tarde os papéis ficaram no positivo com os contratos futuros do minério na China fechando em alta.
Depois começaram a cair com a mineradora afirmando ao Ministério Público que o talude de mina em Barão de Cocais (MG) pode se romper a partir de domingo.
As ações fecharam em queda de -3,23% cotadas em R$ 46,40.
A mineradora estima que a ruptura da cava da Mina Gongo Soco poderá ocorrer no período de 19 a 25 de maio. O receio é que o impacto possa atingir a Barragem Sul Superior.
O Ministério Público de Minas Gerais expediu nesta quinta, 16, recomendação à Vale para que a companhia mantenha a população de Barão de Cocais informada sobre os riscos, danos e impactos.
A seguir veja a íntegra do comunicado enviado pela Vale ao mercado:
“A Vale S.A. (“Vale”) informa que equipes da Vale identificaram
movimentação no talude Norte da cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), paralisada desde
2016, cujo eventual deslocamento de material seria normalmente absorvido na cava.
Entretanto, de forma preventiva, a Vale está avaliando as possibilidades de eventuais impactos de
vibrações, oriundas desse deslocamento, sobre a barragem Sul Superior, distante aproximadamente 1,5
km da área do talude, o que levou a Vale informar pró-ativamente às autoridades competentes. A cava e
a barragem seguem sendo monitoradas 24h por dia.
A barragem Sul Superior está em nível 3 desde 22 de março e a Zona de Autossalvamento (ZAS) já havia
sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro, totalizando 458 pessoas realocadas. Todas as medidas
preventivas para este cenário já foram tomadas, incluindo a realização de simulados de emergência com
moradores da Zona de Segurança Secundária (ZSS). Também em março, a Defesa Civil e a Vale
equiparam a ZSS com sinalização das rotas de fuga. Foram implantados pontos de encontro que
funcionam 24h por dia com equipes preparadas para o pronto atendimento à população.
ZAS é a região que está até 10 km ou 30 minutos do ponto de rompimento da barragem, definida no Plano
de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).”
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