No confronto com fevereiro de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 2,0%, interrompendo três meses consecutivos de taxas negativas e acumulando redução de 0,2% em 2019. O acumulado nos últimos 12 meses (0,5%) repetiu o resultado anterior, mas permanece em desaceleração desde julho de 2018 (3,3%).
O avanço de 0,7% da atividade industrial, de janeiro para fevereiro de 2019, reflete o crescimento de três das quatro categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,7%), produtos alimentícios (3,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%). Vale citar também as contribuições positivas de máquinas e equipamentos (1,7%), bebidas (1,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,6%), metalurgia (0,6%), celulose, papel e produtos de papel (0,9%) e outros equipamentos de transporte (2,8%).
Por outro lado, entre os dez ramos em queda, o desempenho de maior relevância veio das indústrias extrativas (-14,8%), pressionado pela queda na produção de minérios de ferro, relacionada ao rompimento de uma barragem na região de Brumadinho (MG). Outros impactos negativos importantes vieram dos setores de vestuário e acessórios (-4,8%), de produtos de metal (-2,0%), de móveis (-4,1%), de produtos do fumo (-8,5%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,5%).
Entre as categorias econômicas, ainda em relação a janeiro, bens de capital (4,6%) e bens de consumo duráveis (3,7%) tiveram os avanços mais elevados em fevereiro, impulsionados pela maior produção de caminhões, na primeira; e de automóveis, na segunda. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%) também cresceu, após ficar estável por dois meses consecutivos. Já o setor produtor de bens intermediários (-0,8%) teve a única taxa negativa e acentuou a queda registrada em janeiro de 2019 (-0,1%).
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria mostrou ligeiro acréscimo de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro, após registrar variação negativa de 0,2% em janeiro. Vale destacar que o setor industrial apresenta uma trajetória predominantemente descendente desde agosto de 2018.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (1,3%) teve o avanço mais elevado, interrompendo o comportamento negativo presente desde setembro de 2018. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também cresceu em fevereiro, interrompendo a trajetória negativa iniciada em agosto do ano passado.
Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (-0,8%) e de bens intermediários
(-0,2%) tiveram queda nesse mês, com o primeiro registrando o quarto mês consecutivo de queda; e o segundo voltando a recuar após dois meses seguidos de taxas positivas.
Fonte: IBGE
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