O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, negou nesta terça, 16, a possibilidade de o governo interferir na política de preços da Petrobras. Perguntado se o governo pretende promover algum tipo de alteração na política da empresa, o ministro respondeu: “Nenhuma”.
Segundo Albuquerque, houve um “erro de comunicação” no episódio envolvendo a divulgação e posterior suspensão do reajuste do preço do diesel pela Petrobras na semana passada.
“Houve um erro de comunicação na apresentação desse índice de 5,7%. Por contingências estava voando para Roraima e quando pousei é que comecei a receber as informações. Entendo que presidente, não estando informado e não tendo as pessoas para informá-lo exatamente do que estava ocorrendo, ele pediu esclarecimento e é isso que vamos prestar a ele daqui a pouco”, disse o ministro referindo-se à reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, na tarde de hoje.
A declaração do ministro ocorreu durante um evento para debater o setor de óleo e gás e pouco antes de sair para a reunião com o presidente para tratar da política de preços da empresa. Na saída do evento, o ministro disse que o que houve foi um “problema de comunicação” e que não está apontando ne m insinuando culpados.
Na última quinta-feira, a Petrobras anunciou o aumento de 5,7% no preço médio do diesel. Posteriormente, o presidente disse que havia entrado em contato com a Petrobras para a suspensão do aumento. A suspensão teria ocorrido para evitar uma possível paralisação de caminhoneiros. Após suspender o aumento do combustível, a Petrobras disse que havia margem “para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel”.
No dia seguinte (12), a Petrobras perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado, a empresa também negou que tenha havido interferência. Já o Planalto disse que não vai interferir na empresa.
De acordo com Petrobras, mesmo com o adiamento, ela seguirá com a política de reajuste do combustível em alinhamento com o Preço Paridade Internacional (PPI). Por essa política, os preços do diesel nas refinarias da companhia, que correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final, sofrerão reajustados por períodos não inferiores a 15 dias.
Na manhã de hoje, o governo anunciou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará R$ 500 milhões e abrirá uma linha de crédito especial para caminhoneiros autônomos.
Agência Brasil
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