Conselho da Klabin aprova Projeto Puma II orçado em R$ 9,1 bi
A Klabin (KLBN11) informou nesta terça, 16, após o pregão, que o Conselho de Administração da companhia aprovou o projeto de expansão de capacidade no segmento de papéis para embalagem, denominado Projeto Puma II.
Esse projeto abrange a construção de duas máquinas de papel, com produção de celulose integrada, localizadas na unidade industrial da Klabin no município de Ortigueira, no Paraná.
A capacidade total das máquinas será de 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner.
Na Unidade Puma, a Klabin já opera a produção de celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), que continuará abastecendo os mercados interno e externo com capacidade anual de 1,6 milhão de toneladas.
Etapas
Segundo a Klabin, a instalação do Projeto Puma II será dividida em duas etapas. A primeira consiste na construção de uma linha de fibras principal para a produção de celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel Kraftliner e Kraftliner Branco, que serão comercializados sob a marca Eukaliner, com capacidade de 450 mil toneladas anuais. Em complemento, essa etapa também inclui instalações de apoio às novas linhas e plantas das áreas de recuperação e utilidades.
Já a segunda etapa contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a uma máquina de papel Kraftliner com capacidade de 470 mil toneladas anuais e expansão de algumas estruturas de apoio.
Cronograma
O cronograma prevê que as obras de cada etapa durem 24 meses, sendo que o início da construção da segunda etapa será logo após o término da primeira.
“Desta forma, o startup da primeira máquina está programado para o segundo trimestre de 2021, e o da segunda máquina previsto para o segundo trimestre de 2023”, explicou a companhia.
O investimento bruto orçado para a construção do Projeto Puma II é de R$ 9,1 bilhões, sujeito a flutuações cambiais e reajustes decorrentes de inflação, a ser desembolsado entre os anos de 2019 e 2023.
Desse total, cerca de R$ 0,9 bilhão refere-se a impostos recuperáveis. “Tendo em vista que a maior parte dos equipamentos serão instalados na primeira etapa do projeto, aproximadamente dois terços dos desembolsos ocorrerão entre os anos de 2019 e 2021”, afirmou a Klabin.
Segundo a empresa, o projeto será financiado pela posição de caixa da companhia e a geração de caixa proveniente dos negócios correntes, podendo ser complementado com financiamentos, desde que as condições sejam atrativas em termos de custo e prazo.
O mercado de embalagens
O mercado mundial de embalagens apresentou crescimento expressivo nas últimas décadas, principalmente em países emergentes, impactando a demanda por papéis que atendam essa indústria. O consumo global de papel para embalagens, que era de aproximadamente 60 milhões de toneladas em 1990, hoje é da ordem de 170 milhões de toneladas, conforme apuração da consultoria Pöyry. A mesma consultoria estima crescimento global no mercado de papéis para embalagens até 2025 de 2,4% ao ano, com boas perspectivas para o mercado de papéis de fibra virgem.
“As duas novas máquinas de papel refletirão a competitividade tecnológica e de custos da Klabin, utilizando base florestal referência em produtividade e proximidade com os ativos industriais. Adicionalmente, a sinergia com as operações industriais e florestais da Klabin existentes na região e o posicionamento comercial da companhia no mercado global de papéis para embalagens favorecem a implementação do Puma II”.
O investimento no Projeto Puma II beneficiará os municípios da região, com a criação de até 9 mil postos de trabalho no período de obras e 1,5 mil, entre diretos e indiretos, após o início de produção.
Além disso, a companhia ressalta em fato relevante que haverá impacto positivo em função da geração de impostos e negócios, benfeitorias socioambientais e desenvolvimento da infraestrutura local.
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