A Petrobras (PETR3, PETR4) informou na noite desta sexta, 8, que sua diretoria executiva aprovou plano de resiliência, cujo objetivo é “contribuir para a maximização de valor para os acionistas e para o Brasil”, afirmou a petroleira.
O plano contém ações adicionais ao PNG 2019-2023 e é consistente com os cinco pilares estratégicos da companhia: maximização do retorno sobre o capital empregado; redução do custo do capital; busca incessante por custos baixos; meritocracia; respeito às pessoas e ao meio ambiente e foco na segurança de suas operações.
O plano foi estruturado em três alavancas de geração de valor.
Ampliação do programa de desinvestimentos, com a inclusão de mais campos maduros de petróleo e gás terrestres e em águas rasas, ativos de midstream e downstream. O ajuste não contempla ainda a revisão do pacote de desinvestimento de refinarias, ainda em estudo.
“Os desinvestimentos de ativos em que não somos donos naturais contribuem para melhorar a alocação do capital aumentando consequentemente a geração de valor. Simultaneamente, viabilizam a redução do endividamento e do custo de capital”, explicou a petroleira.
Recentemente, a Standard and Poor’s e a Fitch Ratings promoveram a melhoria do grau de risco da Petrobras de bb- para bb e de BB- para BB+, respectivamente, na base stand alone, o que se constitui num primeiro passo na caminhada da reconquista do grau de investimento.
A segunda alavanca compreende diminuição de gastos operacionais gerenciáveis estimada em US$ 8,1 bilhões (6,6%) relativamente ao valor total de US$ 122, 6 bilhões orçado no PNG para o período 2019-2023. Cortes de gastos com pessoal – a companhia anunciará em breve um programa de desligamento voluntário – e de despesas discricionárias, como publicidade, patrocínios e outros, e economias derivadas da otimização do uso de prédios administrativos são as principais fontes da redução de custos.
“A companhia continuará a explorar oportunidades de cortes adicionais de custos através de mudança de processos e transformação digital”, afirmou a Petrobras.
A estatal informou ainda que está trabalhando para a liberação do excesso de capital estacionado nas disponibilidades de caixa, o que permite sua realocação para usos mais produtivos.
“Não há previsão de mudanças no programa de investimentos aprovado no PNG 2019-2023. O cronograma referente aos novos sistemas de produção de óleo e gás está mantido, com exceção de Búzios 5, que terá início de operação postergado de 2021 para 2022, tendo em vista atraso no processo de contratação de afretamento de plataforma, com impacto na produção estimado em 60 mil boed no período 2022-2023”, ressaltou a petroleira.
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