Mercado repercute crise política, balanço da Vale e outros destaques

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes (arquivo)

Bolsas e petróleo (8h12min)

China (Shanghai Comp.): -0,92% (pregão encerrado)

Japão (Nikkei 225): -1,61% (pregão encerrado)

Alemanha (DAX): +0,29%

Londres (FTSE 100): +0,41%

Petróleo WTI: -0,61% (US$ 59,05)

Petróleo Brent: -0,68% (US$ 66,78)

Minério de ferro

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em queda de -1,14% (607 iuanes/tonelada).

Futuros americanos

Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava perto da estabilidade em +0,01% e o S&P 500 futuro em -0,02% às 8h15min.

O que estava ruim ficou pior?

Os investidores repercutem nesta quinta, 28, um novo capítulo do acirramento dos ânimos entre o Planalto e o Congresso. A crise política aumenta a aversão ao risco já que o mercado começa a precificar as dificuldades para que a reforma da Previdência avance.

Na quarta, 27, o presidente Jair Bolsonaro rebateu as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, elevando as tensões entre os dois.

O deputado afirmou que o governo ainda não começou e que Bolsonaro está “brincando de presidir” o país. A declaração de Maia ocorreu após ser questionado sobre uma entrevista de Bolsonaro à Band TV.

Mais no fim da tarde de quarta Bolsonaro rebateu: “não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário. Lamento palavras nesse sentido e quero acreditar que ele não tenha falado isso”.

Antes, em entrevista ao vivo na Band TV, Bolsonaro disse que Maia está “passando por um momento difícil”. Muitos entenderam que o presidente pudesse estar se referindo à prisão de Moreira Franco, marido de sogra de Maia.

Na entrevista o presidente reafirmou que não vê como poderia melhorar a articulação política com o Congresso. Bolsonaro insinuou que o contato que a maioria dos deputados faz com ele tem como objetivo fisiologismo.

Dólar vai a R$ 4?

Com Maia e Bolsonaro alimentando as tensões políticas, o dólar pode disparar mais ainda.

Na quarta a moeda americana subiu 2,27%, vendido a R$ 3,9548. Foi o maior patamar de fechamento desde outubro do ano passado. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,9613.

Desconfiança com emergentes

Há também um motivo a mais para a alta do dólar: a desconfiança da saúde econômica de países emergentes, principalmente a da China.

Mercado digere resultado da Vale

Os investidores também repercutem nesta quinta o balanço da Vale (VALE3). A mineradora teve no 4T18 lucro líquido de US$ 3,786 bilhões, o que corresponde a alta de 391% ante os US$ 771 milhões registrados no 4T17. O lucro veio bem acima do esperado pelos analistas.

No ano, o lucro subiu 24,6%, para US$ 6,860 bilhões.

No 4T18 o Ebitda ajustado teve alta de 8,71%, atingindo US$ 4,467 bilhões. Em 2018 o Ebitda ficou em US$ 16,5 bilhões, crescimento de 8,2% em relação a 2017.

A margem Ebitda da mineradora subiu um ponto-base, para 46%. No ano de 2018 avançou 2 pontos para 36%.

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