Mercado monitora escalada de atritos entre Maia e Bolsonaro e outros destaques

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recebe o presidente Jair Bolsonaro no dia da entrega da reforma previdenciária

Bolsas e petróleo (8h06min)

China (Shanghai Comp.): -1,97% (pregão encerrado)

Japão (Nikkei 225): -3,01% (pregão encerrado)

Londres (FTSE 100): -0,40%

Alemanha (DAX): -0,18%

Petróleo WTI: -0,14% (US$ 58,96)

Petróleo Brent: -0,33% (US$ 66,53)

Minério de ferro

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em queda de -0,33% (611 iuanes/tonelada).

Futuros americanos

Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em leve queda de -0,15% e o S&P 500 futuro em -0,19% às 8h11min.

Escalada de atritos

Na política, os investidores continuam de olho nesta segunda-feira, 25, se haverá nova escalada de atritos entre o Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que pode prejudicar o trâmite da reforma da Previdência.

Neste fim de semana, o presidente da Câmara voltou a responder a Bolsonaro. Pelo Twitter afirmou que não usa as redes sociais para agredir ninguém.

Maia se referiu a uma declaração de Bolsonaro. Antes de o presidente embarcar de volta ao Brasil, ainda no Chile, ele disse que Maia anda “agressivo” em relação ao governo.

O presidente da Câmara prometeu deixar a articulação da reforma da Previdência ao ficar insatisfeito com críticas feitas a ele em redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Bolsonaro.

Bolsonaro disse que pretende conversar com o político do DEM carioca. O objetivo do presidente é trazer Maia “de volta” para a articulação.

Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho, afirmou na manhã de sábado que o “mundo caiu” na última sexta-feira na tramitação da reforma da previdência.

Trégua à vista?

Bolsonaro recebeu neste domingo o líder do governo na Câmara, deputado major Vítor Hugo (PSL-GO). O encontro, que não estava previsto na agenda do presidente, foi para conversar sobre a tramitação da reforma da Previdência na Câmara.

Segundo o major Vítor Hugo, eles falaram sobre articulação política, como retomar os trabalhos para a aprovação da reforma da Previdência e os votos na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em relação a Bolsonaro e Maia, o líder do governo afirmou que a semana passada foi muito tensa e agora “a gente vai caminhar para uma aproximação”.

Mau presságio nos EUA?

Os rendimentos dos títulos de 10 anos nos Estados Unidos caíram abaixo das taxas das notas de três meses nesta segunda-feira, 25.

A curva de rendimentos se inverteu na sexta-feira pela primeira vez desde meados de 2007. Essa inversão no passado sinalizou risco de recessão na economia americana.

Para a semana: corporativo

Em âmbito corporativo o destaque é o balanço da Vale (VALE3). A mineradora divulgará o relatório de produção e vendas no dia 26 de março de 2019, terça-feira, antes da abertura dos mercados.

A Vale divulgará o relatório de desempenho financeiro no dia 27, quarta-feira, após o fechamento dos mercados. A companhia divulgará simultaneamente o relatório de desempenho financeiro consolidado em IFRS (International Financial Reporting Standards), expressos em USD e em R$.

No dia 28 de março de 2019, quinta-feira, serão realizadas conferências telefônicas e webcasts para discutir o desempenho da mineradora.

A Eletrobras também vai divulgar o balanço dia 27 de março.

Banco Central

Na quinta, 28, o diretor de política econômica, Carlos Viana de Carvalho, apresentará o Relatório Trimestral de Inflação às 11h. O texto será divulgado mais cedo, às 8h na página do Banco Central na internet.

Na sequência, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dará entrevista coletiva à imprensa no contexto da apresentação do Relatório Trimestral de Inflação.

O Banco Central divulga na terça, 26, a ata da última reunião do Copom na semana passada. O documento pode trazer pistas sobre os rumos da Selic.