Ibovespa futuro desaba mais de 2% nesta sexta
Atualizado às 9h42min
O Ibovespa futuro (INDJ19 – contrato com vencimento para 17 de abril) abriu em forte queda nesta sexta. No horário acima caía -2,46% aos 94.765 pontos.
Embora considerado um indicador de como poderá se comportar o mercado, esse índice nem sempre antecipa as informações que vão condicionar o pregão a partir das 10h.
Investidores repercutem ameaça de Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou ontem ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que deixará a articulação política pela reforma da Previdência. Maia tomou a decisão após ler mais um post do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), com fortes críticas a ele. Irritado, o deputado telefonou para Guedes e disse que, se é para ser atacado nas redes sociais por filhos e aliados de Bolsonaro, o governo não precisa de sua ajuda.
A informação consta em reportagem de Vera Rosa e Naira Trindade, na edição desta sexta-feira do jornal O Estado de S.Paulo.
Economia alemã estagnada
O índice alemão de produção Composite, que mede a produção combinada dos setores de indústria e de serviços, caiu de 52,8 para 51,5 no mês anterior. Já o PMI industrial (Índice de Gerente de Compras na sigla em inglês) caiu de 47,6 para 44,7, enquanto PMI de serviços caiu de 55,3 para 54,9.
Os dados sugerem que a economia alemã se encaminha para uma estagnação no primeiro trimestre, o que aumenta a aversão ao risco nas Bolsas da Europa.
Petróleo e minério na China
Petróleo Brent: -1,15% (US$ 67,08)
Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta de +0,41% (615,50 iuanes/tonelada).
Futuros americanos
Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava em queda de -0,57% e o S&P 500 futuro em -0,50% às 9h03min.
Mercado de olho nas repercussões políticas da prisão de Temer
O Ibovespa acentuou as perdas na véspera após a prisão do ex-presidente Michel Temer.
Nesta sexta o mercado continua digerindo as repercussões políticas da detenção.
Em um primeiro momento, avalia que a detenção de Temer e de Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, ambos do MDB, pode prejudicar o andamento da reforma da Previdência.
O MDB tem maioria no Senado e, na ânsia de lutar pela sobrevivência política após a prisão de seus caciques, pode pressionar mais o Planalto.
Além disso, pode haver uma série de “ruídos” no Congresso entre representantes da chamada velha política e parlamentares novos, o que dificulta um consenso mínimo em torno da reforma.
‘Ruídos’ na reforma dos militares
O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), afirmou na véspera que na opinião dele o governo precisa explicar a proposta de reestruturação da carreira militar.
O presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso a proposta de reforma da aposentadoria dos militares na quarta.
A reestruturação foi incluída no projeto sobre aposentadoria de militares. Economia prevista pelo governo com reforma é de R$ 97 bilhões, mas a reestruturação gera custo de R$ 86 bilhões.
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