Ibovespa em queda em meio a temores com economia global

8 de março de 2019 Por Redação

Atualizado às 11h46min

O Ibovespa reduziu as perdas em relação ao começo do pregão. No horário acima tinha baixa de -0,15% aos 94.200 pontos.

Mais cedo o índice chegou a cair 1%. A desaceleração da economia da China e dos Estados Unidos preocupa os investidores.

As exportações chinesas em fevereiro tiveram maior queda em 3 anos, o que levanta temores de uma “recessão comercial”.

As exportações em fevereiro caíram 20,7% em relação ao ano anterior, maior queda desde fevereiro de 2016. Mesmo assim o governo em Pequim prometeu que não irá recorrer a um estímulo maciço como fez em 2018.

Na Europa, os principais índices operam em queda. Na China, o Shanghai Composto teve o pior dia em cinco meses.

Os investidores chineses também realizaram lucros em meio a sinais de maior controle regulatório e preocupações com a formação de bolhas.

Payroll nos EUA decepciona

Não bastasse a preocupação com a China, outro dado, desta vez dos Estados Unidos, veio ruim. As empresas americanas e outros empregadores criaram o menor número de novos postos de trabalho em fevereiro em 17 meses, o último sinal de uma desaceleração mais ampla na economia dos EUA.
A economia acrescentou apenas 20 mil novos empregos no mês passado, o menor ganho desde setembro de 2017.

Vale

As ações da Vale tinham queda em meio ao recuo dos contratos futuros do minério de ferro na China.

CSN

Os papéis da CSN (CSNA3) lideravam as perdas no Ibovespa, em meio a realização de lucros após o forte rali de alta. A CSN confirmou na véspera a contratação do Citi e disse considerar venda antecipada de minério.

Petrobras

As ações da Petrobras (PETR4, PETR3) tinham queda com desvalorização do barril de petróleo.

IRB

Os papéis do IRB (IRBR3) tinham alta de mais de 1% depois de a companhia fazer esclarecimentos da notícia sobre venda de ações.

Na política

De olho na formação da CCJ

Mercado continua de olho na reforma da Previdência. Os investidores monitoram a instalação nos próximos dias da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e quem vai estar na relatoria e na presidência da CCJ.

O projeto proposto pelo governo passará primeiro pela CCJ da Câmara, que analisará se o texto fere algum princípio constitucional. Nessa etapa, não é analisado o mérito do texto.

Em seguida, se a CCJ aprovar a constitucionalidade do texto, será criada uma comissão especial formada por deputados para discutir o mérito da proposta.