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Ibovespa derrete -3,57% com ‘Guedes sem apego ao cargo’ e crise política

Atualizado às 17h31min

O Ibovespa fechou em queda de -3,57% aos 91.903 pontos. A crise política no Brasil e a aversão ao risco no exterior devido ao temor da desaceleração da economia global, derrubaram o Ibovespa.

Contribuiu para o mau humor dos investidores no Brasil, a fala do ministro da Economia no Senado, Paulo Guedes, que disse que não tem apego ao cargo. No entanto, Guedes afirmou que não terá a “inconsequência” ou a “irresponsabilidade” de sair “na primeira derrota”.

A fala de Guedes ocorreu ao ser questionado durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), caso a reforma da Previdência não alcance a meta de economizar R$ 1 trilhão em dez anos.

As ações das estatais e dos grandes bancos tiveram queda acentuada e pesaram negativamente no índice Bovespa.
O único papel que teve alta foi a Suzano (SUZB3), devido a forte valorização do dólar. Por esse mesmo motivo, as ações da Gol (GOLL4) tiveram um tombo de 8,7%. A alta da moeda americana prejudica a companhia aérea.

Maiores altas do Ibovespa (somente um papel subiu)

Maiores quedas do Ibovespa

 

O atraso na votação da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça para dia 17 de abril, a falta de uma base aliada sólida e a desorganização do partido do presidente Bolsonaro, o PSL, deixam o mercado em estado de atenção.

Também preocupa os investidores, o impasse entre o Planalto, que vê na velha política fisiologismo e não quer ceder aos parlamentares que exigem contrapartidas para votar com o governo.

Na véspera o governo recebeu um recado amargo dos parlamentares que querem mais articulação. A Câmara aprovou a proposta de emenda à Constituição que obriga o governo federal a executar todos os investimentos previstos no Orçamento.

No primeiro turno, 448 deputados votaram a favor, e 3, contra. No segundo turno, o placar foi 453 votos a favor, e 6, contra.

Com a aprovação, o texto segue para o Senado.

O governo defende o que chama de “descentralização da arrecadação”, o que pode desobrigar estados, municípios e União de fazerem investimentos mínimos em determinadas áreas.

Dólar dispara

O dólar subiu 2,27%, vendido a R$ 3,9548. É o maior patamar de fechamento desde outubro do ano passado. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,9613

 

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Redação

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