O Ibovespa tentava se recuperar na reta final do pregão mas a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro está com pneumonia assustou os investidores e levou o principal índice da B3 a fechar em queda de -0,24% aos 94.405 pontos.
De acordo com o boletim médico, o presidente foi submetido a uma tomografia de tórax e abdome que evidenciou “boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com pneumonia”.
O mercado doméstico repercutiu hoje a entrevista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, à Globo News, na véspera. Ele disse que a prioridade na Casa é a reforma da Previdência. Outros projetos como o pacote anticrime de Sérgio Moro podem tramitar nas Comissões, porém, é um debate mais longo, disse.
Uma boa notícia veio da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, uma das principais do mundo, que manteve nesta quinta-feira a nota atribuída ao título soberano do Brasil em BB-, com perspectiva “estável”. A nota aponta para a expectativa de lenta melhora dos números fiscais e do crescimento econômico durante o governo de Bolsonaro.
De acordo com analistas gráficos ouvidos pelo Finance News, o índice Bovespa fez um repique até a média móvel de 21 períodos, que agora virou uma resistência ao preço. Portanto, a região de 95.750 pontos, por onde passa essa média é uma faixa de preço onde vendedores podem ganhar força.
O dólar subiu +0,16%, vendido a R$ 3,7113. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,7371. Na mínima, foi a R$ 3,7003.
Os papéis da Petrobras caíram com o preço do barril de petróleo despencando. As ações preferenciais (PETR4) caíram -1,57% cotadas em R$ 25,09.
Os papéis da BRF (BRFS3) ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa. A companhia divulgou o valor total da venda de ativos abaixo do esperado pelo mercado.
Os papéis da Vale (VALE3) fecharam em queda de -2.05%. O noticiário sobre a Vale (VALE3) foi agitado desde a véspera. Em uma reportagem, o site G1 informou que e-mails indicam que Vale soube de problemas em sensores da barragem de Brumadinho 2 dias antes da tragédia.
Outra notícia é que o governo mineiro cancelou autorização para operar barragem de Laranjeiras, inviabilizando temporariamente a produção na mina de Brucutu. O cancelamento da autorização provisória tem um impacto estimado de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A Vale informou que adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis quanto à referida decisão.
Ainda sobre a Vale, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou recurso no qual a mineradora pedia a retomada das operações da mina e da usina do empreendimento Onça Puma, no sul do Pará. A Vale informou que recorreu da decisão, requerendo o retorno da atividade de mineração “com base nos laudos elaborados por peritos judiciais que comprovam a inexistência de relação entre a suposta contaminação do rio Cateté e as atividades desenvolvidas na mina de Onça Puma”.
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