Para esta quarta: reforma da Previdência no radar do mercado

Jair Bolsonaro vai ao Congresso entregar a proposta de reforma da Previdência

Bolsas e petróleo (8h04min)

Japão (Nikkei 225): +0,60% (pregão encerrado)

China (Shanghai Comp.): +0,20% (pregão encerrado)

Londres (FTSE 100): +0,19%

Alemanha (DAX): +0,24%

Petróleo WTI: -0,39% (US$ 56,23)

Petróleo Brent: -0,56% (US$ 66,08)

Minério na China em queda

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em queda de -1,98 (619,50 iuanes/tonelada).

Futuros americanos estáveis

Em Wall Street, o Dow Jones futuro operava perto da estabilidade em -0,06% e o S&P 500 futuro -0,06% às 8h03min.

Mercado espera detalhes da reforma

O presidente Jair Bolsonaro vai pessoalmente ao Congresso às 9h30 desta quarta, para entregar o projeto de reforma da Previdência à Câmara dos Deputados. Ele estará acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Todos os outros ministros também foram convocados.

O mercado aguarda com expectativa os detalhes do texto. E isso vai impactar o pregão desta quarta.

Entrevista coletiva

Após a entrega do projeto no Congresso, técnicos do Ministério da Economia vão conceder uma entrevista coletiva para explicar detalhes do projeto.

O que se sabe até agora

O presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica do governo decidiram que a proposta de reforma da Previdência fixará uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e 62 anos para mulheres, com um período de transição de 12 anos.

O tempo de transição desejado pelos economistas era de dez anos, Bolsonaro queria 20 anos de transição. No final, o consenso ficou em 12 anos.

Articulador experiente

O Planalto escolheu um experiente articulador para ser seu líder no Senado. O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi escolhido pelo presidente Bolsonaro para ser líder do governo.

Bezerra Coelho ocupou a mesma função entre agosto e dezembro do ano passado, durante os últimos meses do governo de Michel Temer. A indicação sinaliza uma aproximação do governo com o MDB, que tem 13 senadores e é a maior bancada do senado.

Bezerra Coelho também foi ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff (PT).

A indicação tinha o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ambos do DEM.

‘Macumba psicológica’

Em entrevista à rádio Joven Pan, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, atribuiu sua demissão ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

Bebianno afirmou que “Carlos fez uma macumba psicológica no pai.”
Carlos chamou Bebianno de mentiroso nas redes sociais, aprofundando uma crise que começou com suspeitas de que o ex-ministro participou de um esquema de candidaturas laranja do PSL para desviar dinheiro público, do fundo partidário.

A revista Veja divulgou nesta terça áudios que mostram que no último dia 12, quando estava internado em um hospital em São Paulo, o presidente Bolsonaro trocou pelo menos três mensagens de áudio de WhatsApp com o agora ex-ministro Gustavo Bebianno.

Carlos disse que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente.

O porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, usou a reforma previdenciária como motivo para minimizar a crise política relativa à demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno, e disse que o momento é de “olhar para a frente”.