O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,7 ponto em fevereiro, indo para 96,5 pontos, após quatro meses de alta. Em médias móveis trimestrais, variou 0,9, e manteve-se em alta pelo sétimo mês consecutivo.
Os dados foram divulgados hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), e indicam que a queda do ICS impactou 10 das 13 principais atividades do setor do Índice de Expectativas (IE-S).
Em fevereiro, o Índice de Expectativas caiu 4,5 pontos, para 102,6.
Os dois quesitos que compõem o indicador contribuíram negativamente para o resultado de fevereiro: o indicador da tendência dos negócios para os próximos seis meses, que caiu 5,2 pontos e o de demanda prevista, que recuou 3,8 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 1,3 ponto em fevereiro, para 90,6 pontos, o maior nível desde os 91,0 pontos de agosto de 2014.
Segundo a FGV, a alta do Índice de Situação Atual foi impulsionada tanto pelo indicador volume de demanda atual como pelo indicador situação atual dos negócios, que subiram 1,5 e 1,1 ponto, respectivamente.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada do setor de Serviços recuou 0,6 ponto percentual, para 81,5%.
Na avaliação do economista da FGV, Rodolpho Tobler, “a queda do índice de confiança em fevereiro parece estar associada a uma calibragem das expectativas, que desde a definição do processo eleitoral avançaram mais de 15 pontos”.
Segundo o economista, apesar da queda no mês, o Índice de Expectativas ainda se mantém acima dos 100 pontos, enquanto a percepção das empresas sobre a situação atual prossegue mostrando uma reação discreta, mas contínua. “Nesse contexto, o cenário é de continuidade de uma recuperação ainda tímida da atividade nesse primeiro trimestre do ano”, disse.
A FGV entende que a avaliação sobre a situação atual continua em alta e que o desconforto vem caindo. Em fevereiro, o Índice de Situação Atual manteve sua trajetória de alta pelo quarto mês consecutivo, e entrou na região em que as avaliações dos empresários do setor são de pessimismo moderado (faixa entre 90 e 100 pontos).
E o Índice Desconforto vem recuando nos últimos meses, chegando a 53,9 pontos em fevereiro, o menor nível histórico desde dezembro de 2014 (51,2 pontos), sugerindo que, na avaliação das empresas do setor, há uma contínua redução de pressões negativas sobre o ambiente de negócios.
A edição de fevereiro de 2019 coletou informações de 1932 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês.
Agência Brasil
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