MANCHETE SECUNDÁRIA

Justiça mineira bloqueia R$ 5 bilhões da Vale

O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, durante entrevista coletiva, sobre rompimento de barragem em Brumadinho.

 

A Justiça de Minas Gerais bloqueou R$ 5 bilhões da mineradora Vale com intuito de garantir recursos para medidas emergenciais e a reparação de danos ambientais decorrentes do rompimento da barragem nas imediações da mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais, a juíza Perla Saliba Brito também determinou que a Vale adote medidas necessárias para garantir a estabilidade de outra barragem no Complexo Mina do Feijão (Barragem VI). Mais cedo, o juiz Renan Chaves Carreira Machado, responsável pelo plantão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte, ordenou o bloqueio de R$ 1 bilhão da mineradora.

Segundo o MP, há “risco eminente da barragem VI, cujo rompimento seria responsável pelo derramamento de milhões de metros cúbicos de água revolvendo o minério já despejado em razão do rompimento das demais barragens”.

Conforme a Agência Nacional de Mineração, a barragem que se rompeu servia para contenção de rejeitos da atividade mineradora da Vale, e “não apresentava pendências documentais”. De acordo com a agência, a Vale apresentou, em março, junho e setembro do ano passado “Declaração de Condição de Estabilidade” expedida por auditoria independente.

O rompimento da barragem B1 ocorreu no início da tarde de ontem (25), na Mina Córrego do Feijão. A quantidade de rejeito acumulado na estrutura fez com que uma outra barragem transbordasse. A lama atingiu uma área administrativa da companhia e parte da comunidade. A barragem estava há mais de três anos inativa, sem receber resíduos, conforme a empresa.

Na noite desta sexta-feira (25), o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, concedeu entrevista sobre o rompimento da barragem na Mina Feijão, em Brumadinho (MG). Segundo ele, o impacto será mais humano do que ambiental e a maior parte das vítimas é de funcionários da empresa. O presidente da Vale avalia que o dano ambiental será menor em comparação com o ocorrido na tragédia de Mariana. A Vale organizou um gabinete de crise com a participação de seus diretores. Segundo ele, assistentes sociais e psicólogos, 40 ambulâncias e 800 leitos em hospitais foram disponibilizados pela mineradora para atender as vítimas e parentes. Schvartsman disse que ainda cedo é para saber as causas do rompimento.

Agência Brasil

 

 

Published by
Redação

Recent Posts

Eventos no radar do mercado nesta semana

  Publicado às 21h41   Eventos no radar do mercado nesta semana  B3 não funciona…

22 de dezembro de 2024

BB, Petrobras, Copel, Cemig, BR Partners e outras companhias pagam provento esta semana. Confira:

  Publicado às 17h34   Confira as companhias que pagam provento (dividendo ou JCP) e…

22 de dezembro de 2024

Notícia da Positivo, Gafisa, Eletrobras, Telefônica, Oi, JHSF, Banco ABC, BB Seguridade e de outras companhias

  Publicado às 10h16   Notícias corporativas CFO da Gafisa (GFSA3) renuncia ao cargo Felipe…

22 de dezembro de 2024

Estudo do Ibov, Vale3, Petr4, B3sa3, Klbn11, Brav3 e de Mrve3

  Publicado às 23h20   Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, B3sa3, Klbn11, Brav3…

22 de dezembro de 2024

CFO da Gafisa (GFSA3) renuncia ao cargo

Publicado às 19h09   Felipe Dantas Rocha Coelho renunciou aos cargos de diretor executivo financeiro…

21 de dezembro de 2024