A Embraer (EMBR3) reviu suas projeções de entregas de jatos executivos, Receita Total, Receita para Jatos Executivos e Defesa & Segurança, EBIT consolidado e ajustado, Margem EBIT consolidada e ajustada, EBITDA consolidado e ajustado, Margem EBITDA consolidada e ajustada, Fluxo de Caixa Livre e Investimentos para 2018.
As informações constam em fato relevante enviado ao mercado nesta quarta, 16.
Segundo a empresa, as condições do mercado global de jatos executivos, apesar de uma gradual recuperação, continuam mais lentas do que o esperado.
“Combinado a isso, o crescente foco da Embraer na melhoraria de rentabilidade e preservação de preços, bem como o recente lançamento dos novos jatos executivos no segmento médio/super-médio (“Praetors”), que iniciarão entregas em 2019, levaram a companhia a uma abordagem mais cautelosa para as entregas de jatos executivos em 2018”, afirmou a empresa. A Embraer entregou 91 jatos executivos totais no ano de 2018 (comparado a previsão de 105-125 jatos anteriormente).
Como resultado da redução das entregas de jatos executivos, a companhia agora espera que as receitas no segmento de jatos executivos fiquem em aproximadamente US$ 1.1 bilhões ( contra US$ 1.35 bilhões – US$ 1.50 bilhões anteriormente).
Além disso, a revisão da base de custos do KC-390, ocorrida no 2º trimestre de 2018, em decorrência do incidente com o protótipo 001 ocorrido em maio de 2018, teve impacto negativo na receita do segmento de Defesa & Segurança.
Segundo a Embraer, esse impacto levou a uma nova estimativa de receita de, aproximadamente, US$ 0.6 bilhões no segmento de Defesa & Segurança (contra US$ 0.8 bilhões – US$ 0.9 bilhões anteriormente).
Com isso, as receitas consolidadas da Embraer para o ano de 2018 são agora esperadas em aproximadamente US$ 5.1 bilhões, uma redução da faixa anterior de US$ 5.4 bilhões – US$ 5.9 bilhões.
As projeções de EBIT consolidado e ajustado, Margem EBIT consolidada e ajustada, EBITDA consolidado e ajustado, e Margem EBITDA consolidada e ajustada para 2018 foram reduzidas devido a uma menor alavancagem operacional da companhia em função do menor volume de entregas na aviação executiva e uma redução nas receitas do segmento de Defesa & Segurança. Os valores ajustados para 2018 excluem o impacto de US$ 127.2 milhões relacionados à revisão de base de custos do KC-390, ocorrida no 2º trimestre de 2018, em decorrência do incidente com o protótipo 001 ocorrido em maio de 2018.
Veja a tabela:
A Embraer também estima que os gastos com investimentos para o ano de 2018 fiquem em aproximadamente US$ 300 milhões, abaixo da visão anterior que estimava um total de US$ 550 milhões. “É importante ressaltar que os menores gastos com investimentos não impactaram negativamente os projetos em andamento na companhia. Em decorrência da redução das entregas de jatos executivos, parcialmente compensados por menores gastos com investimentos no ano de 2018, a companhia espera que o fluxo de caixa livre em 2018 seja de um uso de caixa de aproximadamente US$ 200 milhões (versus um uso de US$ 100 milhões ou melhor anteriormente)”, afirmou.
Para o ano de 2019, a Embraer espera entregar 85 a 95 jatos comerciais, 90 a 110 jatos executivos, incluindo jatos executivos leves e grandes, 10 aviões Super Tucano e 3 dois cargueiros KC-390. As receitas totais devem ficar entre US$ 5.3 bilhões e US$ 5.7 bilhões. A Empresa espera atingir uma Margem EBIT consolidada breakeven (aproximadamente zero) no ano 2019. “É importante destacar que as projeções de 2019 incluem potenciais custos e despesas associadas com a criação de uma nova empresa (“JV Aviação Comercial”) em parceria estratégica entre a Companhia e a The Boeing Co. (“Boeing”) na Aviação Comercial (“Operação”)”, ressaltou a empresa.
Com a conclusão da operação de parceria, estimada, de forma tentativa, para o final de 2019, a Embraer antecipa uma estrutura de capital sem alavancagem, com posição de caixa líquido de aproximadamente US$ 1.0 bilhão após o pagamento de um dividendo especial para os acionistas de aproximadamente US$ 1.6 bilhões (que, por sua vez, continua condicionada à confirmação de determinados requisitos, inclusive o resultado do exercício social).
A Embraer apresenta projeções para o ano de 2020, o primeiro ano após a potencial conclusão da operação que cria a parceria estratégica entre Embraer e Boeing na Aviação Comercial.
As projeções apresentadas para 2020 contemplam 100% dos resultados esperados dos segmentos de Aviação Executiva e Defesa & Segurança (e os respectivos resultados vindos das áreas de serviços e suporte desses negócios) e excluem os resultados vindos da participação de 20% da Embraer na JV Aviação Comercial em parceria com a Boeing.
A Embraer espera atingir uma receita líquida entre US$ 2.5 bilhões e US$ 2.8 bilhões, uma margem EBIT entre 2% e 5% e uma geração de fluxo de caixa livre breakeven (aproximadamente zero) no ano de 2020.
Veja a tabela:
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