A Petrobras (PETR3, PETR4) informou nesta quarta, 5, que seu conselho de administração aprovou, em reunião realizada ontem, o Plano Estratégico 2040 (PE 2040) e o Plano de Negócios e Gestão 2019-2023 (PNG 2019-2023).
‘O Plano Estratégico traz uma nova visão de empresa integrada de energia, alinhada com as necessidades e a evolução dos hábitos da sociedade, que buscará cada vez mais diversificação nas fontes e usos da energia. O foco em óleo e gás, presente na visão do plano anterior e ainda importante para os próximos anos, dará mais espaço para outras fontes de energia, no horizonte até 2040”, afirma a petroleira em fato relevante enviado ao mercado.
As estratégias da companhia foram ajustadas, definindo o foco de suas ações por segmento de negócio, tendo em vista a transição para uma economia de baixo carbono, os riscos relativos à concentração geográfica e de commodity, detalhadas a seguir:
Exploração e Produção
Gás Natural
Renováveis
Estratégias Corporativas
O Plano incorpora uma nova métrica de topo, buscando garantir a rentabilidade, além de manter as métricas de segurança e de redução da dívida, que orientam as estratégias da companhia:
Para as entregas do Plano, foram consideradas as seguintes premissas:
“A exploração e produção continua como o mais importante motor de geração de valor da companhia, permanecendo o foco no desenvolvimento da produção em águas profundas, notadamente nas áreas do pré-sal. O refino, transporte e comercialização continuarão atuando de forma integrada ao E&P, mas com um novo modelo de participação da Petrobras, considerando parceria com outras empresas, e no caso da petroquímica, uma melhor exploração do seu potencial de integração com o refino. Com a expansão da produção de gás, a companhia buscará maior geração de valor, considerando o gás natural como veículo de crescimento e de estabelecimento de uma posição global para a Petrobras. A companhia também buscará parcerias em negócios de energia elétrica renovável, como um novo motor de geração de valor com foco no futuro sustentável da companhia”, afirmou a estatal.
Em 2019, o crescimento da produção de óleo será de 10% no Brasil e de 7% na produção total, em virtude da entrada em operação de 5 novos sistemas em 2018 e mais 3 em 2019. Ao longo do Plano, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas. Para o período entre 2020 e 2023, a produção total de óleo e gás natural terá um crescimento médio de 5% ao ano
Segundo a petroleira, a contínua eficiência de custos e o custo de extração no pré-sal inferior a US$ 7/boe conduzirão o custo de extração médio para níveis inferiores a US$ 10/boe a partir de 2020.
O Plano prevê o reposicionamento em refino, por meio de parcerias nos clusters Nordeste e Sul, que representam 40% da capacidade de refino instalada no Brasil, permitindo o compartilhamento dos riscos do negócio e o estabelecimento de um setor mais dinâmico, competitivo e eficiente, além de geração de liquidez para a companhia.
Através da disciplina de custos, redução da dívida e compromisso com a rentabilidade, a companhia estima uma geração de fluxo de caixa livre robusta no período do PNG. A Petrobras dará continuidade aos projetos de desinvestimentos já anunciados e continuará com parcerias e desinvestimentos orientados pela gestão ativa de portfólio, com potencial de entrada de caixa no período do Plano de US$ 26,9 bilhões. Essas iniciativas, associadas a uma geração operacional de caixa estimada em US$ 114,2 bilhões, após dividendos, impostos e contingências, permitirão à Petrobras realizar seus investimentos e reduzir seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do PNG.
“A companhia buscará uma estrutura ótima de capital, com alavancagem (endividamento líquido/(endividamento líquido+patrimônio líquido)) em torno de 25%. Será mantida a política de remuneração aos acionistas e eventual alteração na distribuição de dividendos levará em conta a redução dos indicadores de endividamento e novas oportunidades de investimento”, anunciou.
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