Ibovespa fecha em queda de -1,20%. Dólar também tem baixa

17 de dezembro de 2018 Por Redação

Atualizado às 18h25min

O Ibovespa fechou em queda de -1,20% aos 86.399 pontos nesta segunda-feira. O mercado no Brasil seguiu as Bolsas americanas, que tiveram forte queda. Os principais índices de ações caíram mais de 2% por lá com temores que o Banco Central dos EUA poderá elevar o ritmo de aumento dos juros na reunião de quarta.

Além disso, as principais empresas de Wall Street apostam que o programa de “restrição quantitativa” do Federal Reserve, projetado para reduzir gradativamente seu balanço financeiro sem interromper os mercados financeiros, pode terminar muito antes do que o presidente Jerome Powell já havia sinalizado.

Gráfico do Ibovespa

Analistas gráficos ouvidos pela reportagem do Finance News explicam que o Ibovespa não encontrou força compradora suficiente para romper a resistência na região de 87.900 pontos.

De acordo com eles, o índice tem suporte em imediato em 86.900 e depois em 86.100.

Dólar fecha em queda

O dólar comercial caiu -0,19%, vendido a R$ 3,8962. Na máxima do pregão chegou a R$ 3,92.

O Banco Central voltou hoje (17) a intervir na cotação da moeda, ofertando leilões extraordinários de venda futura do dólar, com compromisso de recompra (chamados de leilões de linha).

Ações da Embraer sobem

A Embraer (EMBR3, NYSE: ERJ) e a Boeing (NYSE: BA) aprovaram os termos da parceria estratégica que irá possibilitar ambas as empresas a acelerar o crescimento em mercados aeroespaciais globais.

O anúncio foi feito nesta segunda, 17. Os papéis da Embraer subiram com o acordo.

Os termos aprovados definem que a joint venture contemplando a aviação comercial da Embraer e serviços associados terá participação de 80% da Boeing e 20% da Embraer.

As empresas também chegaram a um acordo sobre os termos de uma segunda joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390.

De acordo com a parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na joint venture e a Boeing, os 49% restantes. A transação está sujeita à aprovação do governo brasileiro, ratificação pelo Conselho de Administração da Embraer e autorização deste para assinatura dos documentos definitivos da transação.

Gol e Smiles fecham em alta

A Comissão de Listagem da Câmara Consultiva de Emissores e Estruturadores de Ofertas da B3 decidiu pela inadmissibilidade da migração da Gol (GOLL4) para o Novo Mercado da B3, conforme a proposta de reorganização divulgada em outubro.

À época, a companhia aérea anunciou que pretendia incorporar a empresa de programa de fidelidade Smiles e em uma segunda etapa migrar para o Novo Mercado da B3.

As ações da Gol, que chegaram a liderar as perdas no Ibovespa, fecharam em leve alta. Os papéis da Smiles (SMLS3) estiveram entre as maiores altas do índice.

Em fato relevante, nesta segunda, 17, Gol afirmou que “está avaliando, à luz do novo cenário do setor aéreo brasileiro que, na opinião da administração da companhia, potencializa a criação de valor aos acionistas da companhia, ao autorizar o controle não brasileiro da Gol, e de outras estruturas presentes na bolsa de valores brasileira, as suas opções adicionais disponíveis para implementação da potencial incorporação da Smiles Fidelidade (B3: SMLS3) e confirma sua intenção de, assim que concluída a análise acima mencionada, dar seguimento aos procedimentos visando à incorporação”.

Vale lembrar que na semana passada o presidente Michel Temer assinou a medida provisória que autorizou as empresas de aviação nacionais a terem participação ilimitada de capital estrangeiro.

Com isso, deixou de existir o limite de 20% de capital estrangeiro nas aéreas nacionais. A partir de agora, uma empresa brasileira do setor poderá ter 100% de capital estrangeiro.

Vale em alta

As ações da Vale (VALE3) se valorizaram com os contratos futuros do minério de ferro na China fechando em alta.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

 

Na economia

BC anuncia que atividade econômica cresce 0,02% em outubro

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou alta de 0,02% em outubro, comparado a setembro, segundo dados divulgados hoje (17), em Brasília.

Na comparação com outubro de 2017, houve crescimento de 2,99% nos dados sem ajustes, já que a comparação é entre períodos iguais.

Em 12 meses encerrados em outubro, o indicador teve expansão de 1,54%. No ano, até outubro, houve crescimento de 1,40%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.