Apreensão global após prisão de executiva da Huawei derruba Ibovespa futuro

6 de dezembro de 2018 Por Redação

Meng Wanzhou, CFO da Huawei, foi presa no Canadá

 

Atualizado às 9h51min

O Ibovespa futuro (INDZ18 – contrato com vencimento para 12 de dezembro) abriu em queda. No horário acima caía -1,34% aos 87.900 pontos.

Embora considerado um indicador de como poderá se comportar o mercado, esse índice nem sempre antecipa as informações que vão condicionar o pregão a partir das 10h.

Prisão de executiva da Huawei provoca sell off global

Uma notícia envolvendo uma alta executiva de uma empresa chinesa é um dos fatores que provoca um sell off global nesta quinta nas Bolsas.

As autoridades canadenses em Vancouver prenderam a diretora financeira da gigante de telecomunicações Huawei Technologies a pedido do governo americano por supostas violações de sanções iranianas.

Pequim protestou contra a detenção e exigiu que se restaure imediatamente a liberdade de Meng Wanzhou, que é filha do fundador da Huawei.

A prisão de Meng ocorre em meio a uma campanha do governo dos EUA contra a empresa que considera uma ameaça à segurança nacional.

Os principais índices futuros em Wall Street caem mais de 1%.

Mercados asiáticos despencaram, liderados por ações de empresas de tecnologia, após a prisão da executiva da Huawei. Na Europa também há queda.

Há o temor de que a prisão possa atrapalhar as negociações entre a China e os Estados Unidos para pôr fim a guerra comercial.

Petróleo derrete

Petróleo Brent: -4,74% (US$ 58,64)

Minério na China

Os contratos futuros mais líquidos do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, caíram -0,85% (469 iuanes/tonelada)

Futuros americanos

Em Wall Street, o Dow Jones futuro tinha queda de -1,70% e o S&P 500 futuro -1,67% às 9h05min.

Reunião da Opep no radar

Começa nesta quinta-feira, 6, em Viena o primeiro dia do encontro das Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A superprodução da commoditie, em particular pela Arábia Saudita, e a desaceleração econômica estarão no centro das discussões.

Existe a expectativa de que grandes produtores, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, concordem em fazer cortes na produção de petróleo.

De acordo com a imprensa especializada a Opep e seus aliados estão trabalhando em um acordo para reduzir a produção de petróleo para pelo menos 1,3 milhão de barris por dia. A resistência da Rússia a um grande corte é que seria o principal obstáculo.

Já o presidente americano, Donald Trump, pediu para os membros da não reduzirem a produção da commodity na próxima reunião, afirmando que os preços do petróleo devem continuar baixos.

Dados do emprego nos EUA

Nesta quinta vai ser divulgado o Relatório Nacional de Emprego ADP, uma medida da variação mensal de emprego de privados não-agrícolas. O dado era para ter sido apresentado na quarta, mas devido ao feriado foi adiado para essa quinta.

Esse indicador é uma prévia do Payroll, que será divulgado na sexta, e mede a variação do número de pessoas empregadas durante o último mês de todas as empresas não-agrícolas dos Estados Unidos. O Payroll é levado em consideração pelo Banco Central americano na formulação da política de juros.

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Na agenda desta quinta, 6

– reunião da Opep começa em Viena

– 11h15min – EUA – variação de empregos privados ADP (novembro)

– 11h30min – Brasil – produção de veículos

– 21h45min – EUA – presidente do Fed, Jerome Powell, discursa

O que vem por aí: sexta, 7

– 8h – Brasil – IGP-DI (novembro)

– 9h – Brasil – IPCA – (novembro)

– 11h30min – EUA – Payroll