Petrobras e Vale afundam e Ibovespa tem queda acentuada

O Ibovespa operava às 14h em queda de -1,86% (85.854 pontos) sob pressão negativa principalmente da Petrobras e da Vale.

O petróleo volta a ter forte desvalorização nesta sexta. O barril do Brent caía -6% com temores sobre a desaceleração da economia global e excesso de oferta da commodity. A aversão ao risco aumenta a medida que diminuem as chances de um acordo entre os Estados Unidos e a China para pôr fim a guerra comercial, um dos fatores da redução da atividade econômica global.

Além disso, o que também ajuda na desvalorização dos papéis da Petrobras é a 56° fase da Lava Jato, deflagrada hoje, e que apura desvios na construção da sede da petroleira, na Bahia.

As ações da Vale (VALE3) também tinham queda e contribuíam para o Ibovespa ficar no negativo.

As ações da Eletrobras (ELET3) tinham alta. A estatal divulgou novo cronograma do leilão da Amazonas Energia. A previsão é que ocorra no dia 10 de dezembro de 2018 às 17h.

Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) tinham alta após a escolha do economista Rubem de Freitas Novaes para assumir a presidência da instituição financeira.

Fora do Ibovespa o destaque negativo são os papéis da Saraiva (SLED4) que derretiam -9% às 14h. Com dívidas de R$ 675 milhões a companhia pediu recuperação judicial nesta sexta-feira.

Desaceleração na Eurozona

O PMI Composto preliminar do IHS Markit caiu a 52,4 em novembro na Eurozona. Esse é o nível mais baixo desde o final de 2014. O crescimento industrial na região foi mais fraco do que o esperado por causa da queda acentuada das exportações, afetadas pela desaceleração da economia global.

Outra notícia negativa veio do motor econômico da zona do euro. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha registrou contração de 0,2% no terceiro trimestre de 2018 ante o segundo, mas cresceu 1,1% em relação a igual período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta, pela agência de estatísticas do país.