Produção industrial cai -0,3% em agosto

2 de outubro de 2018 Por Redação

 

Em agosto de 2018, a produção industrial nacional recuou -0,3% frente a julho (série com ajuste sazonal), segunda taxa negativa seguida e acumulando nesse período redução de 0,4%. Vale destacar que esse comportamento de queda ocorreu após a atividade industrial recuar 10,9% em maio e crescer 12,7% em junho. No confronto com agosto de 2017 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 2,0%, terceiro resultado positivo consecutivo, mas o menos intenso dessa sequência.

Os índices foram positivos para o acumulado do ano (2,5%) e para o acumulado nos últimos doze meses (3,1%), mas ao passar de 3,3% em julho para 3,1% em agosto de 2018 a indústria volta a mostrar ligeira perda de ritmo, após interromper em maio último (3,0%) a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%).

14 dos 26 ramos industriais recuaram

O decréscimo de 0,3% da atividade industrial, na passagem de julho para agosto de 2018, mostrou taxas negativas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 26 ramos pesquisados.

Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 5,7%, interrompendo, dessa forma, o comportamento predominantemente positivo presente desde março de 2018, período em que acumulou ganho de 14,5%.

Vale destacar que, no resultado desse mês, o setor foi impactado pela interrupção da produção em importante unidade produtiva. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de bebidas (-10,8%), de produtos alimentícios (-1,3%) e de indústrias extrativas (-2,0%).

Com exceção da última atividade que interrompeu o crescimento na produção observado desde março último e acumulou nesse período expansão de 6,8%, as demais apontaram taxas negativas em julho: -0,5% e -2,0%, respectivamente.

Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,1%) e celulose, papel e produtos de papel (2,0%).

Com esses resultados, o primeiro setor voltou a crescer após recuar 3,9% no mês anterior; o segundo acumulou expansão de 15,0% em dois meses seguidos de crescimento na produção; o terceiro eliminou parte da queda de 7,7% registrada em julho; e o último avançou pelo terceiro mês consecutivo e acumulou ganho de 22,0% nesse período.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (-2,1%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) apontaram as taxas negativas em agosto de 2018, com o primeiro interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 9,2%; e o segundo intensificando a perda de 0,4% observada em julho último.

Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao avançar 5,3%, assinalou o avanço mais acentuado em agosto de 2018 e reverteu parte do recuo de 5,4% verificado no mês anterior. O setor produtor de bens de consumo duráveis (1,2%) também mostrou resultado positivo nesse mês e eliminou a queda de 0,7% registrada em julho.

Fonte: IBGE