Em julho de 2018, a produção industrial nacional recuou 0,2% frente a junho (série com ajuste sazonal), após crescer 12,9% em junho e cair 10,9% em maio.
No confronto com julho de 2017 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 4,0% em julho de 2018, após também avançar no mês anterior (3,4%).
A indústria acumula alta de 2,5% no ano. Houve ganho de ritmo no acumulado dos últimos 12 meses, que passou de 3,1% em junho para 3,2% em julho de 2018.
A variação de -0,2% na indústria, de junho para julho de 2018, reflete as taxas negativas em 10 dos 26 ramos pesquisados, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos alimentícios (-1,7%). Outras contribuições negativas vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,2%), de produtos de minerais não metálicos (-3,0%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-5,4%).
Já entre os 16 ramos que ampliaram a produção em julho de 2018, os destaques foram outros produtos químicos (4,3%), com o segundo mês seguido de crescimento na produção e acumulado de 12,6%; outros equipamentos de transporte (16,7%), eliminando parte do recuo de 24,4% nos meses de maio e junho; máquinas e equipamentos (2,9%), acumulando 8,6% nos dois últimos meses; e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%), em alta pelo quinto mês consecutivo, com ganho de 13,6% no período.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com junho de 2018, bens de capital, ao recuar 6,2%, teve a redução mais acentuada em julho. Bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%) e de bens de consumo duráveis (-0,4%) também tiveram taxas negativas. Já bens intermediários foi o único segmento com resultado positivo (1,0%), com alta pelo segundo mês consecutivo e acumulado de 8,7% nesse período.
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria variou 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2018, após avançar 0,5% em junho. Entre as grandes categorias econômicas, frente ao mês anterior, bens intermediários (0,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) cresceram pelo segundo mês seguido. Já bens de capital e bens de consumo duráveis caíram, respectivamente, 1,5% e 0,7%.
Na comparação com julho de 2017, o setor industrial cresceu 4,0% em julho de 2018, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, nos 19 dos 26 ramos, em 54 dos 79 grupos e 58,4% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (21,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,3%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas vieram de indústrias extrativas (3,8%), de bebidas (12,5%), de celulose, papel e produtos de papel (9,2%), de máquinas e equipamentos (7,4%), de outros produtos químicos (4,2%), de metalurgia (4,8%), de produtos de borracha e de material plástico (5,0%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%).
Ainda em relação a julho de 2017, entre os sete setores em queda, o principal impacto veio dos produtos alimentícios (-5,8%). Destacam-se, ainda, as contribuições negativas em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,5%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-6,4%).
Também no confronto com julho de 2017, bens de consumo duráveis teve a maior alta (16,9%) entre as grandes categorias econômicas, a segunda taxa positiva consecutiva. O setor foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento na fabricação de automóveis (29,9%), além de expansões nos eletrodomésticos da “linha branca” (4,1%), motocicletas (34,2%) e outros eletrodomésticos (16,4%). Os principais impactos negativos foram em eletrodomésticos da “linha marrom” (-20,8%) e móveis (-1,2%).
Bens de capital cresceu 6,5%, o segundo resultado positivo seguido. O segmento foi influenciado, em grande medida, pela alta de 10,5% nos equipamentos de transporte. As demais contribuições positivas foram nos grupamentos de construção (29,4%), de uso misto (8,4%), agrícolas (9,5%), para fins industriais (0,9%) e para energia elétrica (1,9%).
Bens intermediários teve a segunda taxa positiva consecutiva (3,5%). O setor foi influenciado, principalmente, pelos avanços nas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (15,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (13,7%), de indústrias extrativas (3,8%), de celulose, papel e produtos de papel (10,5%), de metalurgia (4,8%), de outros produtos químicos (4,3%), de produtos de borracha e de material plástico (5,0%), de produtos de metal (3,2%), de máquinas e equipamentos (3,6%) e de produtos de minerais não metálicos (0,3%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos alimentícios (-11,3%) e produtos têxteis (-2,4%).
O setor de bens de consumo semi e não duráveis cresceu 1,8%, o segundo resultado positivo seguido. Esse desempenho foi explicado, em grande parte, por alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (2,5%).
Vale destacar também os avanços de carburantes (3,2%) e de não duráveis (1,9%). O subsetor de semiduráveis (-1,6%) teve a única queda.
No índice acumulado para janeiro-julho de 2018, frente a igual período de 2017, a indústria cresceu 2,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, em 14 dos 26 ramos, em 45 dos 79 grupos e 52,2% dos 805 produtos pesquisados.
Veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 18,7%, foi a atividade com a maior influência positiva. Outras contribuições positivas relevantes vieram de metalurgia (5,7%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,4%), de máquinas e equipamentos (4,7%), de celulose, papel e produtos de papel (4,8%), de bebidas (4,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,9%).
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