O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto variou – 0,09%, abaixo do resultado de julho (0,33%). Foi a menor taxa para um mês de agosto desde 1998, quando o IPCA registrou -0,51%. O acumulado no ano ficou em 2,85%, acima do 1,62% registrado em igual período de 2017. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 4,19%, abaixo dos 4,48% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2017, a taxa atingiu 0,19%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentação e bebidas (-0,34%) e Transportes(-1,22%) apresentaram deflação de julho para agosto. Os demais variaram entre 0,03%, de Comunicação, e 0,56%, dos Artigos de residência.
Com a taxa de -0,34%, o grupo Alimentação e bebidas registra deflação pelo segundo mês consecutivo, ficando a taxa de agosto bem próxima à de fevereiro (-0,33%).
O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio teve deflação, também pelo segundo mês consecutivo, (de -0,59% em julho para -0,72% em agosto). Diversos itens importantes no consumo das famílias apresentaram queda nos preços de um mês para o outro.
Por outro lado, registraram alta de preços os itens arroz (2,51%), macarrão (2,47%), queijo (1,30%), refrigerante (0,96%) e as frutas (0,60%).
Já a alimentação fora de casa desacelerou de julho (0,72%) para agosto (0,32%), com destaque para o lanche fora (de 1,40% em julho para 0,77% em agosto) e a refeição (de 0,39% em julho para 0,23% em agosto).
Com a queda de 1,22%, o grupo dos Transportes foi o principal impacto negativo no índice de agosto, com -0,23 ponto percentual (p.p.). O destaque do grupo foi o item passagem aérea, que, após a alta de 44,51% registrada em julho, apresentou, em agosto, a menor variação no índice do mês (-26,12%), sendo responsável pelo maior impacto individual no IPCA de agosto (-0,11 p.p.). Os combustíveis (-1,86%) também contribuíram para a variação negativa do grupo, com destaque para o etanol (-4,69%) e a gasolina (-1,45%).
O ônibus urbano (0,04%) refletiu o reajuste de 14,28% na tarifa em Rio Branco (7,24%), em vigor desde 14 de julho.
No lado das altas, os grupos Habitação (0,44%) e Saúde e cuidados pessoais (0,53%) apresentaram a maior contribuição positiva no índice, 0,07 p.p. cada um.
A taxa de 0,44% do grupo Habitação, que em julho havia sido de 1,54%, sofreu influência da desaceleração nas contas de luz, que passaram de 5,33% em julho para 0,96% em agosto. Mesmo assim, a energia elétrica foi o maior impacto individual positivo no índice do mês (0,04 p.p.). Cabe destacar que, em agosto, continuou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido.
Em oito das dezesseis áreas pesquisadas, o item energia elétrica registrou deflação, em razão de redução na alíquota do PIS/COFINS.
Fonte: IBGE
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