O setor público consolidado, formado pela União, estados e municípios, registrou saldo negativo nas contas públicas em agosto, de acordo com dados divulgados hoje (28) pelo Banco Central (BC). O déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 16,876 bilhões, resultado 77,1% maior do que de igual período de 2017, quando chegou a R$ 9,529 bilhões.
Em agosto, o resultado negativo veio do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), que apresentou déficit primário de R$ R$ 20,851 bilhões, contra R$ 9,916 bilhões em igual mês de 2017.
Os governos estaduais e municipais tiveram saldo positivo. Os governos estaduais registraram superávit de R$ 3,348 bilhões, e os municipais, de R$ 36 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 592 milhões no mês passado.
Nos oito primeiros meses do ano, houve déficit primário de R$ 34,7 bilhões, contra resultado também negativo de R$ 60,850 bilhões em igual período de 2017.
No acumulado em 12 meses encerrados em agosto, as contas públicas ficaram com saldo negativo de R$ 84,433 bilhões, o que corresponde a 1,25% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
A meta para o setor público consolidado é de déficit de R$ 161,3 bilhões neste ano.
Os gastos com juros ficaram em R$ 60,052 bilhões em agosto, contra R$ 36,012 bilhões no mesmo mês de 2017. De janeiro a agosto, essas despesas chegaram a R$ 288,789 bilhões, contra R$ 271,078 bilhões em igual período de 2017. Em 12 meses encerrados em agosto, os gastos com juros somaram R$ 418,537 bilhões, o que corresponde a 6,2% do PIB.
O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados dos juros, atingiu R$ 76,928 bilhões no mês passado ante R$ 45,541 bilhões de agosto de 2017.
De janeiro a agosto, o resultado nominal ficou em R$ 323,490 bilhões, ante R$ 331,928 bilhões em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit nominal ficou em R$ 502,970 bilhões, o que corresponde a 7,45% do PIB.
A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,459 trilhões em agosto, o que corresponde 51,2% do PIB, com redução de 1 ponto percentual em relação a julho (52,2% do PIB).
Em agosto, a dívida bruta – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 5,224 trilhões ou 77,3% do PIB, com crescimento de 0,1 ponto percentual em relação a julho.
Informações da Agência Brasil
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