Confira a íntegra da pesquisa CNT/MDA
A 138ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira (17), abordou as eleições de 2018. O levantamento traz as preferências dos entrevistados em cenários de primeiro e segundo turnos e o limite de voto nos candidatos. Além disso, trata sobre o grau de interesse nas eleições e o acompanhamento das campanhas eleitorais.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 15 de setembro de 2018. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o número BR-04362/2018.
CONCLUSÃO
Os resultados da 138ª Pesquisa CNT/MDA mostram liderança de Jair Bolsonaro (28,2%) para presidente da República, seguido por Fernando Haddad (17,6%), Ciro Gomes (10,8%) e Geraldo Alckmin (6,1%), na avaliação estimulada, o que projeta um cenário de segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
Nas simulações de segundo turno entre os quatro primeiros colocados, Jair Bolsonaro empata com Ciro Gomes e Fernando Haddad, vencendo Geraldo Alckmin. Ciro Gomes apresenta vantagem contra Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, enquanto Fernando Haddad venceria Geraldo Alckmin no segundo turno. Essas simulações e os elevados percentuais de votos em branco, nulos e de eleitores indecisos, reforçam a percepção de indefinição sobre o resultado das eleições ao final de um provável segundo turno.
O cenário atual mostra tendência de nova polarização entre esquerda e direita, dessa vez representadas pelos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
RESUMO DOS RESULTADOS
ELEIÇÕES 2018
1º turno: Intenção de voto ESPONTÂNEA
Jair Bolsonaro: 23,7%
Fernando Haddad: 9,1%
Lula: 7,5%
Ciro Gomes: 6,3%
Geraldo Alckmin: 2,8%
João Amoêdo: 1,8%
Marina Silva: 1,7%
Alvaro Dias: 0,9%
Outros: 1,0%
Branco/nulo: 13,9%
Indeciso: 31,3%
1º turno: Intenção de voto ESTIMULADA
Jair Bolsonaro, 28,2%; Fernando Haddad, 17,6%; Ciro Gomes, 10,8%; Geraldo Alckmin, 6,1%; Marina Silva. 4,1%; João Amoêdo, 2,8%; Alvaro Dias, 1,9%; Henrique Meirelles, 1,7%; Cabo Daciolo, 0,4%; Guilherme Boulos, 0,4%; Vera, 0,3%; Eymael, 0,0%; João Goulart Filho, 0,0%; Brancos/Nulos, 13,4; Indecisos, 12,3%
Dentre os eleitores de Jair Bolsonaro, 78,2% consideram a decisão de voto como definitiva. Dentre os de Fernando Haddad, 75,4%, Ciro Gomes, 49,1%, Geraldo Alckmin, 48,4%, Marina Silva, 44,4% e João Amoêdo, 48,2%.
2º TURNO: Intenção de voto ESTIMULADA
CENÁRIO 1: Ciro Gomes, 37,8%; Jair Bolsonaro, 36,1%; Branco/Nulo, 19,6%; Indecisos, 6,5%.
CENÁRIO 2: Jair Bolsonaro, 39,0%; Fernando Haddad, 35,7%; Branco/Nulo, 18,2%; Indecisos, 7,1%.
CENÁRIO 3: Jair Bolsonaro, 38,6%; Henrique Meirelles, 25,7%; Branco/Nulo, 27,2%; Indecisos, 8,5%.
CENÁRIO 4: Jair Bolsonaro, 38,2%; Geraldo Alckmin, 27,7%; Branco/Nulo, 26,3%; Indecisos, 7,8%.
CENÁRIO 5: Jair Bolsonaro, 39,4%; Marina Silva, 28,2%; Branco/Nulo, 25,6%; Indecisos, 6,8%.
CENÁRIO 6: Ciro Gomes, 38,1%; Fernando Haddad, 26,1%; Branco/Nulo, 26,6%; Indecisos, 9,2%.
CENÁRIO 7: Ciro Gomes, 43,5%; Henrique Meirelles, 14,8%; Branco/Nulo, 31,6%; Indecisos, 10,1%.
CENÁRIO 8: Ciro Gomes, 39,6%; Geraldo Alckmin, 20,3%; Branco/Nulo, 30,5%; Indecisos, 9,6%.
CENÁRIO 9: Ciro Gomes, 43,8%; Marina Silva, 17,1%; Branco/Nulo, 31,0%; Indecisos, 8,1%.
CENÁRIO 10: Fernando Haddad, 35,7%; Marina Silva, 23,3%; Branco/Nulo, 32,3%; Indecisos, 8,7%.
CENÁRIO 11: Marina Silva, 27,9%; Henrique Meirelles, 23,2%; Branco/Nulo, 38,8%; Indecisos, 10,1%.
CENÁRIO 12: Geraldo Alckmin, 28,4%; Marina Silva, 25,3%; Branco/Nulo, 37,5%; Indecisos, 8,8%.
CENÁRIO 13: Fernando Haddad, 33,1%; Geraldo Alckmin, 26,8%; Branco/Nulo, 31,0%; Indecisos, 9,1%.
CENÁRIO 14: Geraldo Alckmin, 28,9%; Henrique Meirelles, 19,1%; Branco/Nulo, 40,7%; Indecisos, 11,3%.
CENÁRIO 15: Fernando Haddad, 35,5%; Henrique Meirelles, 21,4%; Branco/Nulo, 32,8%; Indecisos, 10,3%.
LIMITE DE VOTO – PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
ALVARO DIAS: é o único em quem votaria 1,4%; é um candidato em quem poderia votar 17,9%; não votaria nele de jeito nenhum 32,2%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 42,8%.
CIRO GOMES: é o único em quem votaria 6,2%; é um candidato em quem poderia votar 45,4%; não votaria nele de jeito nenhum 38,1%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 5,8%.
FERNANDO HADDAD: é o único em quem votaria 13,1%; é um candidato em quem poderia votar 27,2%; não votaria nele de jeito nenhum 47,1%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 8,7%.
GERALDO ALCKMIN: é o único em quem votaria 2,4%; é um candidato em quem poderia votar 34,5%; não votaria nele de jeito nenhum 53,4%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 4,3%.
HENRIQUE MEIRELLES: é o único em quem votaria 1,0%; é um candidato em quem poderia votar 28,9%; não votaria nele de jeito nenhum 49,0%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 15,4%.
JAIR BOLSONARO: é o único em quem votaria 23,0%; é um candidato em quem poderia votar 19,9%; não votaria nele de jeito nenhum 51,0%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 2,1%.
JOÃO AMOÊDO: é o único em quem votaria 2,1%; é um candidato em quem poderia votar 12,1%; não votaria nele de jeito nenhum 34,5%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 47,6%.
MARINA SILVA: é a única em quem votaria 2,0%; é uma candidata em quem poderia votar 33,1%; não votaria nela de jeito nenhum 57,5%; não a conhece/não sabe(m) quem é/ nunca ouviu falar 2,9%.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A avaliação do governo do presidente Michel Temer é positiva para 2,5% dos entrevistados contra 81,5% de avaliação negativa. Para 15,2%, a avaliação é regular, e 0,8% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 7,0% contra 89,7% de desaprovação; 3,3% não souberam opinar.
EXPECTATIVA (PARA OS PRÓXIMOS 6 MESES)
Emprego: vai melhorar: 23,3%; vai piorar: 28,3%; vai ficar igual: 43,5%.
Renda mensal: vai aumentar: 21,9%; vai diminuir: 16,9%; vai ficar igual: 56,0%.
Saúde: vai melhorar: 23,2%; vai piorar: 27,7%; vai ficar igual: 45,4%.
Educação: vai melhorar: 22,9%; vai piorar: 24,6%; vai ficar igual: 48,8%.
Segurança pública: vai melhorar: 24,4%; vai piorar: 32,6%; vai ficar igual: 39,4%.
ELEIÇÃO 2018
Interesse e decisão de voto:
23,7% dos entrevistados se dizem muito interessados na eleição deste ano para presidente da República. O restante tem médio (26,0%), pouco (24,9%) ou nenhum interesse (24,8%) no processo eleitoral. 0,6% não sabem/não responderam.
Programa eleitoral e informação sobre os candidatos:
– 65,6% viram ou ouviram o programa eleitoral na televisão ou no rádio; 33,8% ainda não viram ou ouviram.
– 45,6% viram propaganda de candidato na internet ou nas redes sociais; 53,8% ainda não viram.
– Os meios de comunicação que mais influenciam os entrevistados na escolha sobre em quem votar são: televisão/rádio (44,8%); internet/redes sociais (27,6%); 25,7% responderam que nenhum desses influencia.
– Dos entrevistados, 13,1% dizem que conhecem bastante sobre as opções de candidatos a presidente da República; 38,2% afirmam que conhecem mais ou menos. Os que afirmaram conhecer pouco (35,2%) ou nada (12,4%) somam 47,6%.
– 73,4% dos entrevistados acreditam que saúde é a área que mais precisa de melhorias no Brasil; 45,6% responderam educação; 37,9%, segurança; 32,2%, emprego; 2,6%, direito das minorais; 1,9%, habitação; 1,4%, saneamento; 1,3%, transporte; 0,9% energia; 0,4% não souberam opinar ou não responderam.
– Condução da campanha política nas eleições de 2018: 33,0% consideram que está ocorrendo em clima de hostilidade e ódio, sem discutir a solução dos problemas nacionais; 27,1% afirmam que está ocorrendo da mesma forma que em eleições anteriores; 23,8%, está ocorrendo em clima de hostilidade e ódio, mas a solução dos problemas nacionais está sendo discutida e 8,5% afirmam que está ocorrendo de forma serena, focada em propostas para o país e em debates democráticos.
– Sobre as disputas políticas a partir de 2019 com um novo presidente da República: para 39,1% continuarão da mesma forma como estão depois das eleições; para 25,1% serão ampliadas e o Brasil sairá mais dividido depois das eleições e para 20,2%, serão reduzidas e o Brasil sairá mais unificado depois das eleições.
– Em relação ao resultado da eleição para presidente da República: para 40,4%, será legítimo e traduzirá a vontade popular; para 30,8%, será apenas parcialmente legítimo devido ao processo eleitoral turbulento; para 16,8%, não será legítimo.
– Os entrevistados também responderam sobre a situação do Brasil a partir de 2019, em comparação com os últimos 2 anos: 46,1% afirmam que será melhor; 31,1%, que será igual e 12,5%, que será pior.
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