Lucro líquido do BNDES no primeiro semestre tem crescimento de 253,9%

13 de agosto de 2018 Por Redação

 

O BNDES registrou no primeiro semestre deste ano o lucro líquido de R$ 4,76 bilhões. O resultado, que é o melhor desde 2014 para os primeiros seis meses do ano, representa uma variação de 253,9% na comparação com o mesmo período de 2017, quando registrou R$ 1,34 bilhões. No segundo trimestre de 2018, o BNDES alcançou lucro de R$ 2,69 milhões.

O presidente do banco, Dyogo Oliveira, disse o resultado do semestre vem de “uma composição salutar de diferentes áreas do banco”: a intermediação financeira, que ficou em R$ 6,5 bilhões; o resultado bruto com participações societárias da instituição, com R$ 4,1 bilhões; e a redução de R$ 4,69 bilhões da despesa com provisão para risco de crédito.

A inadimplência do banco acima de 90 dias apresentou queda no período, saindo de 2,08% em dezembro para 1,45% em junho de 2018. O presidente destacou que o patamar é menor que a média do sistema financeiro nacional, que está um pouco acima de 3%.

Oliveira ressaltou que, excluída a inadimplência do estado do Rio de Janeiro com a instituição, o resultado desse item do BNDES seria de 0,18%. “Essa inadimplência do Rio de Janeiro é garantida pelo Tesouro, então, não é de fato que essas operações estejam inadimplentes com o banco. O Tesouro está honrando o pagamento das operações”, completou. Segundo o presidente, conforme a regulamentação desta área, a inadimplência do RJ precisa ser incluída neste item do balanço do BNDES, ainda que seja garantida pelo Tesouro.

No primeiro semestre, o total de ativos caiu de R$ 867 bilhões em dezembro de 2017 para R$ 834 bilhões em junho deste ano. De acordo com o presidente do BNDES, isso ocorreu por causa do pagamento de R$ 60 bilhões ao Tesouro Nacional.

“A medida que formos pagando ao Tesouro Nacional, o ativo do banco vai se reduzindo, o que não significa uma piora dos indicadores financeiros, que estão muito bem em termos de regulamentação”, disse. Segundo Oliveira, no segundo semestre, a instituição pagará mais R$ 70 bilhões ao Tesouro Nacional.

Previsão

Para o segundo semestre, Oliveira estimou perspectivas boas para a instituição. “Boas porque acreditamos que o provisionamento para risco de crédito continuará baixo no segundo semestre. Estamos fazendo um grande esforço de redução de tempo para contratação de operações dentro do banco, desburocratizando as áreas, e isso deve resultar em volume maior de desembolsos em contratações ao longo do ano.