Ibovespa reduz perdas mas perde -2,98%. Dólar salta 2,1%

7 de junho de 2018 Por Redação

Atualizado às 17h21min

O aumento da aversão ao risco no Brasil levou o Ibovespa a ter forte queda nesta quinta-feira e voltar aos níveis de dezembro do ano passado.

O índice fechou em baixa de -2,98% aos 73 mil 851 pontos. Na mínima do dia, chegou a despencar -4% aos 71 mil 161 pontos.

Somente 4 ativos subiram no índice Bovespa.

Maiores quedas do Ibovespa

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Maiores altas do Ibovespa

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É crescente no mercado a percepção de que o segundo turno das eleições possa ser decidido entre Jair Bolsonaro e Ciro Gomes. Além disso, preocupações com o setor fiscal deixam os investidores mais cautelosos.

No Ibovespa, quase todos os setores amargaram fortes baixas. Destaque para os grandes bancos. Como o setor tem peso de 25% na carteira teórica do Ibovespa, ajuda a derrubar o índice.

Os papéis da Petrobras caíam com força. Os preferenciais (PETR4) derreteram mais de -3,4% mesmo com o preço do barril de petróleo em forte alta.

A Venezuela está com atrasos na entrega de petróleo, o que ajuda a empurrar para cima o preço do barril tipo Brent.

Dólar sobe com força

O Banco Central tem reforçado a atuação no mercado de câmbio, por meio de swaps cambais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Apesar disso, a moeda americana teve forte alta. Na máxima da sessão chegou aos R$ 3,96. Fechou com alta de +2,1% aos R$ 3,92.

Juros futuros

Os juros curtos nos mercados futuros registram alta. O contrato para janeiro de 2019 projeta 7,28% para este ano, 0,13 ponto percentual acima do fechamento desta quarta, 6.

Cresce no mercado a aposta de que o Banco Central terá que elevar os juros para evitar uma queda livre do real perante o dólar. A Argentina já fez isso e nesta quinta a Turquia informou que elevou a taxa de 16,5% para 17,75% ao ano.

A volatilidade levou a suspensão das negociações no Tesouro Direto, com expectativa de normalização por volta das 15h30.

Em meio às oscilações no mercado financeiro, o Banco Central (BC) realizou hoje uma operação extraordinária de venda de títulos com prazo de 9 meses. A decisão foi anunciada na noite de ontem, com oferta de R$ 10 bilhões em títulos públicos, em uma atuação coordenada com o Tesouro Nacional.

Geralmente, o BC faz essas venda de títulos com compromisso de recompra com prazo menor, entre 3 e 6 meses. Em nota, o BC informou que a operação tem o objetivo de “atender a demanda dos investidores”.