MANCHETE 2

FMI considera adequada atuação do BC para conter alta do dólar

O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para as Américas, Alejandro Werner, afirmou hoje (8) que o anúncio do Banco Central do Brasil de que não utilizará a política monetária para controlar a alta do dólar é uma decisão adequada. “Para administrar, suavizar e evitar condições desordenadas nos mercados financeiros, como no de câmbio, há outros instrumentos”, afirmou. A política utilizada pelo Banco Central, até agora, tem sido os leilões de swaps cambiais.

Ontem (7), o presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, havia dito que não iria usar a taxa básica de juros, a Selic, para interferir no câmbio. Ele assegurou que a política monetária continuará sendo utilizada para controlar a inflação, sua função principal. Goldfajn também afirmou que até o final da semana que vem ocorrerão leilões adicionais de contrato de swap cambial no valor total de US$ 20 bilhões.

“Cremos que, em termos gerais, são os princípios adequados à condução da política monetária e financeira do Brasil. Claramente, o movimento das moedas dos países desenvolvidos tem impacto sobre os países emergentes”, afirmou o diretor do FMI. Segundo ele, há mercados emergentes vulneráveis, mas também há um grupo de emergentes que tem setor financeiro sólido “que vão permitir enfrentar muito bem a situação”.

Quando questionado se o Brasil estaria entre o grupo de países vulneráveis, o diretor afirmou que o país não tem questões preocupantes relacionadas a vulnerabilidades externas, como problemas em conta corrente. “É uma economia que não tem uma necessidade de financiamento externo grande”, afirmou.

Ainda assim, o diretor comentou o desequilíbrio fiscal brasileiro e a importância de discutir o tema durante as eleições deste ano. “Nos últimos anos, o Brasil passou a enfrentar um desafio fiscal muito importante, e esse desafio é muito grande e já está presente no debate político com as discussões da reforma previdenciária”, disse. As declarações foram feitas durante uma coletiva do FMI realizada hoje para detalhar o acordo fechado ontem entre o fundo e a Argentina, que colocará US$ 50 bilhões a disposição do país durante 36 meses.

“A agenda do Brasil, para os próximos anos para poder consolidar sua situação econômica está muito clara e isso estará presente no processo eleitoral, e o próximo governo dará os sinais importantes para ver se estes pontos avançam ou não”, concluiu Werner.

Informações da Agência Brasil

 

Published by
Redação
Tags: dólarFMI

Recent Posts

4 companhias anunciaram proventos; 2 têm data com nesta terça, 5. Confira:

    Publicado às 14h03   Anunciaram proventos Klabin (KLBN11) O conselho de administração da…

5 de novembro de 2024

Atualização: Itaú em alta, Eletromídia salta, Tegma no positivo e outros destaques do pregão

    Publicado às 13h37   Ibovespa Às 13h36 o Ibovespa tinha queda de 0,33%…

5 de novembro de 2024

Rápidas: Itaú, BB Seguridade, Eletromidia, Gerdau, Prio, CCR, Eztec, Usiminas

      Publicado às 10h50 Atualizado às 11h   Ibovespa Às 10h59 o Ibovespa…

5 de novembro de 2024

BlackRock compra ações da Usiminas (USIM5)

  Publicado às 9h54   A gestora americana BlackRock, uma das maiores do mundo, elevou…

5 de novembro de 2024

Aura Minerals e Bluestone resources assinam aditamento ao acordo de compra e venda

  Publicado às 9h41     A Bluestone Resources (TSXV: BSR | OTCQB: BBSRF) and…

5 de novembro de 2024

Ibovespa futuro, dólar, ADRs da Vale e da Petrobras em alta em NY e notícias corporativas

  Publicado às 9h19 Atualizado às 9h32   Ibovespa futuro O Ibovespa futuro (INDZ24 –…

5 de novembro de 2024