BC prefere não sinalizar próximos passos na definição da Selic
Por conta das incertezas relacionadas à economia brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou por não sinalizar os seus próximos passos. Na última semana, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano.
“Em termos de sinalização futura, todos concordaram que o maior nível de incerteza da atual conjuntura recomenda se abster de fornecer indicações sobre os próximos passos da política monetária”, diz a ata da reunião, divulgada hoje (26) pelo Banco Central, em Brasília.
Os membros do Comitê de Política Monetária avaliaram que, no curto prazo, a inflação deverá refletir os efeitos altistas significativos e temporários da paralisação no setor de transporte de cargas e de outros ajustes de preços relativos.
Os membros do Copom discutiram na reunião da semana passada o grau de repasse do aumento do dólar na economia e concluíram que “a intensidade do repasse depende de vários fatores, como, por exemplo, do nível de ociosidade da economia e da ancoragem das expectativas de inflação. O Comitê acompanhará as diferentes medidas de repasse cambial, tanto para a inflação quanto para medidas de inflação subjacente”.
O Copom também avaliou também que a frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. “Esse risco se intensifica no caso de continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes. Esse último risco se intensificou desde a reunião anterior do Copom, enquanto diminuiu o risco de a inflação ficar significativamente abaixo da meta no horizonte relevante”.
Com Finance News e Agência Brasil