Petrobras afunda. Vale sobe e impede queda maior do Ibovespa

24 de maio de 2018 Por Redação

Atualizado às 10h38min

O Ibovespa reduziu as perdas e operava em queda de -1,28% (79 mil 846 pontos) nesta quinta-feira com as ações da Petrobras liderando as perdas. A decisão da estatal de reduzir o preço do diesel em 10% e congelar por 15 dias leva as ações preferencias (PETR4) e ordinárias (PETR3) a afundar mais de 10%.

Nos primeiros minutos de pregão, o Ibovespa chegou a cair 2%.

Quatro bancos rebaixam Petrobras

Os ADRs da estatal foram rebaixados por Bank of America, Credit Suisse e Morgan Stanley. Já o Itaú BBA rebaixou as ações da Petrobras para “market perform”.

Eletrobras e BB também no negativo

As ações da Eletrobras (ELET3, ELET6) também têm forte queda no pregão de hoje. Os papéis sofrem com a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de não votar a medida provisória (MP) que trata da privatização das seis distribuidoras de energia da Eletrobras, localizadas no Norte e Nordeste do país, e de diversas mudanças no setor elétrico.

Outra estatal, o Banco do Brasil (BBAS3) também estava entre as maiores baixas do Ibovespa.

Vale em alta

A Vale (VALE3) subia mais de 1% nesta quinta com os contratos futuros do minério de ferro voltando a ter alta na China.

Frigoríficos afetados pela greve

A Marfrig (MRFG3) informou que, em função da greve dos caminhoneiros, algumas das plantas frigoríficas da companhia deverão reduzir e/ou suspender temporariamente sua produção devido à impossibilidade de transportar seus produtos.

Já a BRF (BRFS3; NYSE: BRFS) informou que quatro unidades de abate de frangos e suínos tiveram as suas atividades completamente suspensas hoje pela manhã.

Além disso, outras seis unidades têm paralisação parcial.

Protesto continua

O presidente Michel Temer convocou para uma reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Moreira Franco (Minas e Energia), Valter Casemiro (Transportes, Portos e Aviação), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

Com a decisão de ontem (23) da Petrobras, o governo espera conseguir negociar com o movimento dos caminhoneiros, que hoje atinge o quarto dia de greve, paralisando o abastecimento de vários setores no país. Os caminhoneiros se queixam do preço final do diesel.

Porém, líderes dos caminhoneiros disseram ontem que o anúncio da Petrobras, de redução de 10% do preço do diesel por 15 dias, não resolve e que, assim, a paralisação continuará.